Capítulo 4

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Uma onda de irritação e preguiça tomou conta do corpo do conde quando a figura elegante e bem vestida de Clara Windsor passou pela porta

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Uma onda de irritação e preguiça tomou conta do corpo do conde quando a figura elegante e bem vestida de Clara Windsor passou pela porta. O cabelo escuro e brilhante, penteado com esmero e elegância, contrastava com a pele clara. Os olhos castanhos ignoraram todos na sala com exceção de Erick e o fixaram como uma águia, enquanto os lábios vermelhos se abriam em um sorriso sedutor.

-- Erick! É tão bom ver seu rosto bonito novamente. Não nos encontramos desde a minha festa de aniversário. Faz tempo demais!

Clara andou até o conde com a mão estendida e ele se ergueu para recebê-la. Segurou sua mão e fez uma pequena referência à contra gosto.

-- Bem-vinda, Srta. Windsor. – ele disse educadamente e apontou para a mãe. – Lembra da minha mãe?

-- Ora, me chame de Clara... e é claro que eu lembro da Condessa de Cicekler, uma amiga adorável.

-- Bem-vinda, Clara. Fico feliz que tenha aceitado nosso convite. Gostaria de nos acompanhar no café-da-manhã? – a condessa respondeu com um sorriso polido.

-- Oh, não. Nunca como pela manhã. Preciso manter a forma. – Clara respondeu rapidamente e se voltou para Erick com um sorriso sedutor. – Mas adoraria dar um passeio a cavalo.

-- Talvez mais tarde, Srta. Windsor. A senhorita acabou de chegar, deve estar cansada. Espero que nosso quarto de hóspede lhe proporcione um bom descanso. – o conde fez uma reverência educada e começou a se encaminhar para a porta. – Se me derem licença, preciso checar o inventário de alguma das fazendas.

O conde não esperou por uma resposta e saiu. Antes de ir para o escritório ele passou no quarto da filha e verificou seu estado. Ela dormia tranquilamente, mas a face pálida não permitia que ele esquecesse o ocorrido da noite anterior.

Depois de algum tempo velando o sono da filha, ele foi para o escritório e encontrou o administrador à sua espera. Duas horas e tudo estava resolvido. Não faltaria suprimentos para as fazendas naquele inverno.

Ele se jogou na poltrona assim que o administrador saiu do cômodo, mas não conseguiu relaxar. Mesmo durante o trabalho sua mente viaja para as lembranças de sua filha gritando de dor, ou para a sensação de que sua mãe escondia algo, ou, ainda, para as dúvidas que rodeavam Ayla.

Ayla era... peculiar. Ele havia acreditado que ela trabalhava para o médico e quando percebeu que estava enganado, ela havia curado sua filha de algum modo. Ao menos temporariamente. Agora, sentia-se em dívida com uma completa estranha. Ele precisava descobrir quem era ela.

Uma batida na porta desconcentrou seus pensamentos e Alfred surgiu no escritório.

-- Com licença, vossa graça. Devo servir seu almoço aqui ou o senhor irá fazer sua refeição com as damas?

-- A quais damas se refere, Alfred? – o conde perguntou, ácido.

Ligeiramente desconcertado, o mordomo respondeu:

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