Capítulo 5

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Já havia anoitecido quando Ayla chegou à casa do conde e escalou a árvore que se elevava até a altura das janelas do segundo andar

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Já havia anoitecido quando Ayla chegou à casa do conde e escalou a árvore que se elevava até a altura das janelas do segundo andar. Pulou, então, para o parapeito de uma delas com a mesma agilidade de um esquilo e subiu as escadas para o terceiro andar.

Ao entrar no quarto de Alice, estancou na porta. O conde estava sentado em uma poltrona à beira da cama da criança, que dormia tranquilamente. Ele estava absorto em pensamentos e, por um momento, Ayla deteve-se observando seu rosto. Na noite anterior ela não havia percebido o quanto ele era bonito. Os traços retos do rosto se uniam em um queixo angulado e ligeiramente proeminente. O nariz, em perfil, era reto e firme, com o tamanho exato para o rosto. Os olhos azuis amendoados eram expressivos e obrigavam as pessoas a prestar atenção quando ele as encarava. Naquele momento, o maxilar e o queixo estavam cobertos por uma fina camada de barba loira, do mesmo tom que os cabelos ondulados.

Quando o conde percebeu a presença de Ayla, levantou-se em um salto e foi ao seu encontro. O tempo que Erick demorou para chegar até Ayla pareceu passar em câmera lenta, pois a garota teve plena consciência dos ombros largos e da altura quase ameaçadora que se aproximava dela.

-- Não ouvi a campainha. – ele disse tranquilamente, parando a dois passos de distância dela.

-- Desculpe. Achei que estariam ocupados com o jantar e entrei sem me anunciar. Queria avaliar se Alice estava bem. – disse a moça desviando de Erick e se aproximando com cuidado da cama.

-- Mas como você entrou? A porta fica trancada.

-- Entrei pela janela. – ela respondeu como se fosse a coisa mais normal do mundo, enquanto colocava a mão na testa de Alice.

-- Você o quê?! Não é possível...

-- Quando eu era criança, aprendi a subir em árvores e escalar muros. Não é tão difícil quanto parece. – Ayla deu de ombros.

-- Não consigo imaginar que alguém tão delicada consiga fazer isso... – Erick respondeu parecendo se divertir com a informação.

Ayla sorriu com o elogio, mas continuou de costas para ele.

-- Poucos conseguem... Mas não é o importante agora. Gostaria de falar com Alice, se me permitir.

-- Ela está dormindo. Talvez seja melhor esperar ela acordar naturalmente, não acha?

Ayla ponderou por um instante, então voltou-se para encarar o conde. Ele estava mais perto do que esperava, o que a desconcertou. Ela deu um passo para trás e disse rapidamente:

-- Ok. Volto em algumas horas, então.

-- O que está dizendo? Não faz sentido... – Erick se sentiu ligeiramente desconcertado, mas logo se recuperou. – Podemos fazer alguma coisa enquanto esperamos ela acordar. Não quer ver meus cavalos, por exemplo?

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