Capítulo 8

11 3 2
                                    


A segunda semana chegou e Ayla começou a ficar apreensiva

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.

A segunda semana chegou e Ayla começou a ficar apreensiva. Uma angustia a acompanhava o tempo todo. Estava cada vez mais envolvida com Alice e, embora tentasse negar, sua rotina passara a fazer parte da rotina do conde... e ela apreciava isso imensamente. Ela passava mais tempo na companhia do conde do que sozinha. As refeições, os passeios matinais pelo jardim, os cuidados com Alice. Quase sempre essas atividades eram feitas em conjunto! Contudo, elas nunca eram plenamente disfrutadas, pois Ayla sabia que, em breve, tudo acabaria.

Por isso, constantemente ela buscava refúgio longe do castelo, mas sempre sentia o peso da saudade. Ela estava dividida e podia sentir isso claramente enquanto caminhava por entre os arbustos da floresta ao entardecer. Quando chegou ao lago, a sombra das árvores a envolveu como um casaco. As águas estavam calmas e em um gesto gracioso, ela deitou-se à margem e roçou os dedos sobre as águas.

As folhagens das árvores começaram o seu balançar e Ayla torceu o nariz.

-- Vocês sabem tão bem quanto eu como estão as coisas... – ela disse rabugenta.

O farfalhar ficou mais forte e ela suspirou, resignada.

-- Ele vai agir a qualquer momento e preciso estar preparada. Será um movimento muito difícil. Eu nunca fiz isso.

Não tenha medo... o silêncio da floresta sussurrou.

-- É difícil. – Ayla respondeu angustiada. – Será perigoso para Alice e para o conde.

Ayla sentiu um tremor entre as árvores e sua coluna arrepiou.

-- Não vou escolher entre um e outro. – ela disse em desafio. – Não importa que meu objetivo seja Alice, eu não sacrificarei o pai dela.

Ayla! Obedeça!

-- Não pode estar realmente pensando em sacrificar o conde? Não depois do que a condessa fez por nós. – Ayla sussurrou horrorizada.

A floresta ficou completamente imóvel e silenciosa. Ayla sabia que a ofendera, mas não havia dito nada além da verdade.

Ela abraçou as pernas encolhidas e escondeu o rosto, apoiando a testa nos joelhos. Ela sabia que sua resistência não dizia respeito apenas à condessa. Seu coração batia forte quando pensava no futuro. Nos dias em que viveu no castelo se apegou muito à Alice e temia a hora que ela tivesse que deixá-la... Que deixar o conde...

Ela não ficou muito tempo avaliando seu coração, pois gritos de dor quebraram o silêncio da floresta e Ayla se ergueu sobressaltada. Sabendo de quem eram os gritos, Ayla correu o mais rápido possível em direção ao castelo.

Ao entrar no quarto, viu uma cena que partiu seu coração. Alice se debatia sobre a cama enquanto o pai a segurava com força e dava ordens aos empregados presentes no cômodo.

Ayla sentiu a presença no quarto. Ele se regozijava com as duas gerações da família Cicekler presentes no quarto. Ele precisava da dor e do temor para se fortalecer e estava recebendo isso tanto de Alice quanto de Erick.

A curaWhere stories live. Discover now