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Manchester, Inglaterra
05hr12min










Alissa analisava o resultado dos exames junto da enfermeira que cuidava do setor de diagnóstico por imagens. Após a radiografia de Haaland não ter evidenciado nenhuma fratura, a médica insistiu para que o rapaz fizesse uma ressonância, já que o nível de dor que ele estava sentindo não era comum para apenas uma queda, e ainda que não houvessem fraturas a Ramirez gostaria de descartar alguma possível lesão. Ela não iria permitir que o rapaz fosse para casa sem ter certeza absoluta de que estava tudo bem, e principalmente que ele poderia treinar nos dias posteriores.

E mais uma vez a médica estava correta. O resultado do exame de imagem respondeu suas dúvidas quanto a dor exacerbada que o jogador estava sentindo: rompimento do ligamento colateral medial. Prognóstico com indicativo de cirugia, recuperação mínima de oito a doze semanas, com necessidade de tratamento fisioterapêutico. Alissa respira fundo, embora esteja aliviada pelo nível de gravidade ter sido baixo, tratar um paciente como Erling requer concordância de muitas partes. E provavelmente o clube em que o rapaz joga vá querer reivindicar o tratamento, ainda que ele precise ir logo para o centro cirúrgico cabe a ele decidir como vão prosseguir agora.

— Olá. — a Ramirez cumprimenta assim que entra no quarto em que Erling está acomodado.

Dormindo na poltrona, Bellingham nem nota sua presença. Mas o rapaz mais novo que se parece muito com Haaland se levanta imediatamente quando a médica entra. Ele tem olhos azuis vívidos, cabelo raspado e bochechas coradas. Não deve ter mais que dezessete anos.

— Ei doutora. — ele cumprimenta respeitosamente, ajeitando seu moletom. — Meu nome é Finneas, sou primo dele.

— Você não precisa se apresentar pra ela, Finn. — Haaland resmunga, revirando os olhos e se ajeitando na cama de maneira que ficasse mais confortável.

— É um prazer conhecê-lo, Finneas. — ela estende sua mão para o mais novo que não demora a segurá-la em um aperto. — Você não quer ir lá fora comprar algo para comer? Preciso falar com seu primo.

— Ele já tem dezesseis anos, não precisa poupar ele de uma conversa entre adultos. — o loiro na cama intervém, ela não sabe se ele só gosta de contraria-la ou se sua personalidade é mesmo essa. Ela acredita muito na primeira hipótese.

— Bem, na verdade, eu tô mesmo com fome. — o adolescente sorri envergonhado.

— Pode pegar o que quiser na lanchonete, Finneas. — a médica afirma, colocando sua mão suavemente sobre o ombro do mais novo. — É por minha conta.

— Valeu. — Finn tem um sorriso brilhante muito parecido com o de seu primo. Ele pega o casaco pesado na poltrona e deixa o quarto sem nem pensar suas vezes.

— A gente pode pagar pela comida, sabia? — Erling comenta, arredio como só um homem de orgulho ferido pode fazer.

— Tenho certeza que sim. — Ramirez responde educadamente, checando de maneira breve o monitor ao lado da cama para ver se está tudo bem com seus sinais vitais. — Como está se sentindo?

— Bem. — a resposta é curta, mas a careta que ele faz ao se sentar diz mais do que a palavra em si. — A dor não passa de jeito nenhum, vocês não podem me dar mais analgésico?

Collide, Erling Haaland Where stories live. Discover now