sixth

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Manchester, Inglaterra
11hr57min

Três semanas depois





Erling encarava a imagem de seu joelho após a ressonância. Alissa ao seu lado explicava a evolução do procedimento, os pontos em sua cicatriz já tinham caído a algum tempo. A médica explicava de maneira acessível, para que o jogador compreendesse tudo que estava acontecendo com ele. Mas Haaland parou de prestar atenção a um tempo - especificamente desde que a Ramirez se inclinou em sua direção, seu perfume doce deixando o atleta embriagado e seu rosto bonito o fazendo esquecer completamente a razão pela qual ele estava ali.

Alissa alheia ao olhar do jogador, continua explicando termos médicos e posterioridades da reconstrução feita no ligamento medial do rapaz. Calmamente e com um sorriso de quem se orgulha do progresso feito com o atleta, ela sequer percebe o quanto o loiro está a apenas um passo de arriscar tudo por ela.

Há exatamente uma semana não tem um dia que Erling não tenha vindo ao Hospital, mesmo quando não tem nenhuma consulta com a médica. Ele simplesmente passeia pela clínica, conhecendo funcionários, conversando com as pessoas na recepção e descobriu a ala infantil, adora gastar seu tempo com as crianças. Entre uma brincadeira e outra ele conquistou todo o setor, enfermeiros, anestesistas, pediatras e principalmente os familiares - afinal, não é todo dia que seu filho pode tirar uma foto e bater um papo com Erling Haaland.

Mas, honestamente, sua parte favorita é quando ia até a sala de Alissa apenas para irritar a médica ou almoçar com ela. Ela, aos poucos aprendia a apreciar a presença do rapaz.

— A cicatriz está ótima. — ela sorri, seus dedos gentilmente dedilhando a marca sob a lateral do joelho do atleta. Erling deitado tranquilamente sobre a cama ortopédica da sala de Alissa, apenas a encara com atenção.

— Eu nem te dou trabalho, em?

— Eu que vou te dar trabalho a partir de agora. — a médica ameaça, sua mão se afastando da perna do rapaz. — Vai começar a fisioterapia com a Olga amanhã.

— Tô começando a ficar com medo dessa mulher. — Erling avisa, se apoiando nos punhos para se sentar na cama. Alissa imediatamente desvia os olhos das coxas torneadas do jogador. —Eu tava conversando com seu amigo ontem, e ele me disse que ela é o terror de todo paciente.

— Mentira, a Olga é um amor. — Alissa defende a mais velha, seus braços se cruzando em frente ao corpo. — E que história é essa de você ficar de papo com o Adam?

— Você nunca tá disponível, eu preciso de alguém para conversar. E ele adora a minha companhia. — o atleta se vangloria, um sorriso de canto surgindo em seu rosto bonito.

— Sabe que não precisa vir aqui todos os dias, não é?

— Bem, quando a campanha sair eu vou precisar ser mais presente aqui. — ele ergue os ombros. — Só tô me adaptando.

— Eu vou fingir que você não está vindo para cá pra perturbar a minha vida.

— Você adora a minha companhia, doutora. Admite.

— Sim, adoro chegar cansada de uma visita ao ambulatório e ver que a minha cadeira está tomada por um homem de um metro e noventa que não tem mais o que fazer. — a Ramirez implica, recebendo um olhar de falsa indignação do mais novo.

Collide, Erling Haaland Where stories live. Discover now