capítulo 56

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Luan

Luanzinho da 17 segue no real foco na comunidade.

Ontem tive um surto, mas errar é humano né. Senti ciúmes da Lorena, mas eu sei que fui moleque em chamar a loira pra fazer ciúmes nela.

Não posso fazer ela escolher entre eu e o Índio, eu sei o quanto sou importante pra ela e se for pra felicidade dela ficar com ele, vô tá felizão, teiga?

Sou apaixonado na Lorena, todo jeito espontâneo e sarcástico dela. Isso eu não tenho dúvida. E nem tem esse papo furado de pessoa certa na hora errada ou treta de outra vida. Eu sei que é ela a minha mulher. Só que nem sempre estamos conectados pra ser marido e mulher, talvez sejamos apenas amigos.

Sair da biqueira indo na base da dona Júlia.

Amanheceu um clima meio tenso na boca, tá tendo alguma fita acontecendo, tô sentindo uma parada ruim também.

Entrei no barraco vendo o Jr com o Teco na sala batendo um lero.

-Licença pra chegar. -falei deixando a pistola na bancada

Jr: Jujuba foi na padaria.

Teco: Senta aí, pô. -apontou pro sofá e eu sorrir de lado

Ele sempre soube da minha fita com a Lorena, afinal antes ele era apenas padrasto dela, era mais fácil falar que eu macetava sem dó ,sua enteada.

Jr: Vô ali, aliviar. -levantou pegando um baseado

-Suave sogro? -encarei o Teco

Teco: Paz terrível. -pigarrou cruzando os braços -Tá valendo nada, tu né.

-Não entendi. -sorrir amarelo

Teco: Quero saber, se minha cria vai chorar novamente por conta de tu e do Índio.

-Ela chorou? -olhei preocupado pra ele

Já senti uma culpa, não era pra ela chorar, por essa confusão.

Teco: Não duvido do teu lance com ela, mas o Índio tá na mesma intensidade, entende?Gosto de tu cara, mas se machucar a menina do meu olho, o bagulho fica sincero.

-Nunca machucaria a Lorena. -levantei passando a mão no rosto -Pularia na bala por ela.

Teco: Não duvido. -resmungou pegando o celular

Fernanda: Thiago? -escutei a voz desesperada dela

Já virei com a mão no peito, nervoso pra caralho.

Carol: Calma tia, pelo amor de Cristo. -gritou entrando na casa segurando a mãe da Lorena

Ela sentou no sofá e o Jr saiu falando algo no radinho. Tava com o meu quebrado, tomei um escorregão lá no alto saí ralando as costas na escada mas levantei invicto, caí de maduro.

Fernanda: Sou mãe, eu sinto. -alisou o peito nervosa -Minha filha.

Teco: Já ligou pra ela?

Carol: Ela não atende, tio. -me encarou com os olhos marejados

Julia: Que isso, gente? -entrou na casa com sacolas -O que foi?

Teco: Fiquem na base. -saiu e voltou me encarando -Vamo porra.

Sair pegando o celular encarando as ligações perdida da Lorena.

Subimos pra biqueira indo pra sala do Índio, ele já tava com os olhos cheio de ódio. A sala tava com alguns aliados e o Teco passou apontando pra ele.

Teco: Tu falou que não iam envolver ela. -falou ríspido

Índio: Eu sei. -disse rouco

Jr: Acalmem. -gritou -O Jacaré tá cego com essas fita de vingança. Se for realmente um sequestro, sabemos quem poderia fazer essa fita.

MT: Nossa rapaziada já tá acionada.  -apareceu na sala arrumando a parafal nas costas

Encarei confuso e virei saindo da sala.

Ela corria perigo, eu poderia estar protegendo ela.

Índio: Sem tempo de remorso. -parou do meu lado e eu encarei ele -Tu gosta dela?

-Eu sou louco por ela. -falei sério

Índio: Eu também. -virou entregando uma parafal -Ela é nossa.

-Mais minha do que tua, mas é. -segurei a pistola

Teco: Tá chegando reforço. -apareceu do nosso lado -Irmandade das antigas.

FAVELA VIVE (REVISANDO) + (CONCLUÍDA) REPOSTANDOOnde as histórias ganham vida. Descobre agora