Alright | Neymar Jr e Karoline Lima

Sierra Leone

Karoline

Eu estou bem, pituca está bem. De todas as formas, porque nos últimos dias, Neymar  se ocupou em me convencer a ir ao médico e em me perguntar do que eu precisava. Todos os dias na última semana.

Philippe e Richarlison  tomavam minha filha de mim sempre que podiam, Vinícius conversa comigo de madrugada, quando eu perco o sono. Marquinhos me chamou pra jogar videogame com ele algumas vezes. Acho que ele parou porque não aceita que eu seja melhor que ele.

Tenho um quarto agora. Rafaella  (irmã de Ney,  que chegou aqui na semana passada junto com a tia Nadine, mãe deles) voltou para casa um dia com o carro cheio de caixas, me disse que iríamos esvaziar um cômodo no andar de cima, se tratava de um quarto grande e ventilado, os meninos jogaram caixas vazias e algumas bagunça nele quando se mudaram.

Ceci tem um berço agora, a janela dá para a rua de trás, eu ficava sentada ali por bastante tempo. Pensava em como estava com medo de não conseguir retribuir tudo o que Junior e os meninos fazem por mim, de não conseguir nem sair daqui.

— A gente vai para o treino agora — Escuto Neymar dizer da porta, talvez eu tenha me assustado um pouco

Ele estava com Ceci no colo, ela brincava com a corrente em seu pescoço

— Ah, ok. — Murmuro, me levantando e indo até o mais velho, minha filha vem para o meu colo quase que automaticamente — Se divirta

— Pode deixar — Ele ri fraco, beijando o topo da minha cabeça — Não vamos demorar, Rafa tá em casa e minha mãe foi no supermercado. — Acrescenta, agora deixando um beijo demorado na bochecha da menor, que gargalha e segura seu rosto — Ela comeu bolo com a gente, ok? Até mais tarde

Rio fraco com o carinho que Ney criou por Ceci. Ele está sempre perguntando sobre ela e mimando ela, chega a ser engraçado.

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— Querida! — Nadine sorri fraco ao me assistir descer as escadas, jogando seus cabelos compridos para trás — Eu queria mesmo falar com você — Indica para que eu me sente ao seu lado — Ney me pediu pra procurar uma escola pra você, ou, não sei, alguma coisa assim,

— Ah, Nadine, não precisa. — Receio ao interrompê-la — Eu vou dar um jeito de repor o ano que eu perdi e, não precisa se preocupar. Vocês já fizeram muito por mim

— Eu gostei da ideia de aulas particulares, sabe? — Ignora minhas palavras, me lançando apenas um olhar severo — Escola tem uma burocracia enorme e eu acho que você não precisa de todo o drama de uma vida escolar agora.

Ela me dá mais alguns detalhes, mesmo que eu estivesse apenas escutando na maior parte do tempo.