Alright | Neymar Jr e Karoline Lima

Down

Neymar

Karol ficou sentada na poltrona na outra extremidade do quarto por um bom tempo, me escutando e falando às vezes. Era claro que a gente não precisava ficar falando da minha, agora ex namorada, então tratei de mudar de assunto assim que consegui parar de querer chorar. Estabilizamos a conversa no time.

— Vocês são ótimos, só falta uma oportunidade maior, sabe? O Tite já fez muito mais com outros jogadores em muito menos tempo. É estranho que vocês tenham um talento tão bom e não viraram destaque ainda — Murmura, deslizando a tela do meu celular. Ela estava olhando meu instagram

— Acho que o nosso estilo assunta ele, sabe? — Acrescento — Ele tentou colocar os nossos nomes em grandes times europeus para termos mais destaques, jogar a gente pra um lado mais profissional de fato, mas ainda não estamos tão bem preparados, ou talvez estejamos com medo de nos separar.

— É uma sacanagem — Ela bufa — E é o que o público quer, certo? Vocês jogando em um time maior.

Karol se mostrou muito familiarizada com o time. Mas Philippe chegou com Ceci nos braços e logo se juntou a nós.

— Ela puxou um dos cachos do Marquinhos e fez ele morrer no Fortnite. — Phil comenta, colocando a menor no colo da mãe — Ele ficou puto.

Karol ri enquanto assistia a filha se acomodar ali. Com as perninhas no ar e as mãos nos joelhos. Ela me encara e pende a cabeça para o lado. Sorri da forma mais fofa possível e me imita quando apoio o punho no queixo. Troco de posição, ela faz o mesmo. Estreito os olhos, entrando na brincadeira dela.

— Uh, ela não vai parar — Karol ri, me fazendo erguer o olhar — É um ciclo vicioso, você entrou e não pode mais sair.

— Falando em sair — Philippe desbloqueia a tela de seu celular, me estendendo o aparelho — Treino, hoje ainda.

— Ah, é verdade — Coço a cabeça, rindo quando Ceci faz o mesmo. — Eu vou tomar banho, a Rafa ainda está em casa e minha mãe vai chegar daqui a pouco, ok? — Me levanto, não esperando que a miniatura de gente fosse fazer isso também.

Karol a segura para que ela não caísse. A menor resmunga e se apressa em se soltar, abrindo os bracinhos e vindo na minha direção. Ela não chegou a dar o primeiro passo antes de cair. Me apresso para pegá-la.

— Você é um anjinho.