Alright | Neymar Jr e Karoline Lima

Best thing i've got

Karol

O sol nem tinha aparecido quando a Santos mais nova bateu na porta. Tudo bem que era inverno e amanheceria mais tarde de qualquer forma, mas sete e meia era incrivelmente cedo e eu estava, no mínimo, irritada por ter sido acordada.

— Bom dia, flor do dia! — Ela sorri, me estendendo a sacola plástica e o copo de tampa verde. — Richie quer dar uma de guia turístico e levar a gente pra passear.

— Seus amigos e seu irmão podem dar as mãos e serem chatos juntos —
Bufo, coçando o olho enquanto tomava um gole do café que acabei de receber. — Vamos aonde?

— Contando que ele só conhece a Times Square? — Ela ri, se sentando na minha cama e brincando com a mãozinha de Ceci. — No máximo até a casa dos pais do Philippe.

— Eu odeio tanto o Richarlison, não estou nem brincando. — Ney termina de abrir a porta, sem estar de cabelo arrumado,  porém completamente cheiroso.

Até a calça que ele usava tinha correntes. Deve ter umas três peças por baixo daquela jaqueta e eu precisaria juntar pelo menos três meses de salário pra poder comprar um pé dos seus tênis. Neymar tem o senso de
estilo que eu queria ter e a vontade de se arrumar que eu, honestamente, não sei se conseguiria. Era cedo demais pra que eu conseguisse pensar em qualquer coisa além de calça e moletom.

— Eu seguro e você bate, então. — A mais velha resmunga, seguindo com o olhar os passos do irmão, que me alcança e me enrola em um abraço assim que pode.

Nem meu mau humor matinal seria capaz de tirar o poder daquele abraço. Era engraçado o quão bem eu me sentia ali e o efeito imediato que aquele simples ato tinha. Ele beija minha cabeça antes de se afastar,

— Bom dia, meu amor. — Ri fraco, sabendo o quão irritada eu ficava com o apelido, se jogando ao lado da minha filha, com as pernas no colo de Rafa. — Vamos furar com aquele babaca, por favorzinho.

— Ele saiu do Texas falando em Nova York. — A morena bufa — Eu tenho sono mas ainda sou uma boa irmã.

— Se fosse eu

— Não seria você porque você é preguiçoso.

- - -

— Ai meu Deus. — Philippe afina a voz, assim que os passos incertos e desengonçados de Cecília se apressam para alcançá-lo, mesmos que seus dedinhos ainda estivessem agarrados nos meus. — Eu estava morrendo de saudade dessa princesinha! — Continua, a pegando no colo assim que está perto o suficiente, beijando sua bochecha. — E aí? Como foi o voo? — Se dirige a mim agora, me abraçando brevemente e deixando um beijo na
minha testa.

— Tranquilo. — Sorrio fraco.

Depois que Richarlison nos fez andar por uma boa parte daquela cidade, nós nos encontramos com o Phil em uma lanchonete, nós almoçaríamos aqui e depois a gente voltaria para o hotel.

Tudo ocorreu tranquilamente, Ney e Rafa conversavam privadamente na ponta da mesa, Richie tentava me convencer que a gente deveria sim ir visitar a estátua da liberdade antes do ano novo, mesmo que
estivesse frio demais. O dia vai ser lento.