Capítulo 22

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Não foco na voz que estava ao telefone. Nem no fato de eu saber exatamente a quem ela pertence. Se eu pensar nisso, sinto que vou enlouquecer, então foco no homem a minha frente, que acabou de se chamar de meu namorado e tem a mão agarrada na minha.

Será que ouvi direito ou será que estou tão mexida com a ligação que recebi que meu ouvido está me pregando peças? Não é possível. 

Ouço as palavras polícia e advogado e volto minha atenção para o que é falado. Nathaniel está gritando no telefone, chamando meu ex namorado de maluco. Seu rosto está vermelho de raiva, ele respira fundo bufando e desliga o telefone, me devolvendo em seguida.

— Me avisa se esse cara chegar perto de você de novo.

— Você está bem? — Eu pergunto.

— Eu que deveria te perguntar isso. Ainda não acredito que ele ligou para você.

— Eu estou bem. É você que está aí todo vermelho e dizendo coisas sem sentido.

— Coisas sem sentido? O que eu disse que é sem sentido?

— Que é meu namorado.

— Disse isso apenas para…

— Para o quê?

— Espere. Estou pensando em uma boa desculpa. — Ele diz com uma risada em seguida fica sério. — Sei que não namoramos, ok? Não estou te pressionando para isso, acho que ainda temos um caminho a trilhar, mas, podemos começar como amigos, amigos que se beijam às vezes.

— Você é muito convencido por achar que vou querer te beijar às vezes.

— Não, princesa, sou realista por saber que você vai querer me beijar sempre. Mas, sou difícil, então você só vai conseguir às vezes.

Dou uma risada, mas sou surpreendida com os lábios de Nathaniel encostando nos meus, apenas um toque rápido antes que ele se afaste novamente.

— Precisamos ir, princesa.

Chego na faculdade de mãos dadas com Nathaniel, ele me leva até meu quarto e praticamente implora que eu ligue para ele caso algo aconteça

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Chego na faculdade de mãos dadas com Nathaniel, ele me leva até meu quarto e praticamente implora que eu ligue para ele caso algo aconteça.

— Tá bom, mamãe, eu aviso se acontecer alguma coisa. — Digo depois de ouvir pela vigésima vez ele pedindo que eu o avisasse. Sou recompensada com um peteleco na testa antes que ele se afaste.

— Ei! — Grito com a expressão fechada.

— Você mereceu. — Ele diz, antes de se despedir e ir embora pelo corredor.

Entro no quarto e respiro fundo. Mirella não está aqui. É a primeira vez que fico sozinha desde que tudo aconteceu. Eu me sento em minha cama e me permito chorar. Por tudo o que aconteceu, por um dia ter confiado em alguém que faria uma coisa dessas, pela minha virgindade roubada de mim.

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