15- o acordo de casamento

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Gina Pellegrine

Nos sentamos novamente á mesa e eles ficaram inquietos até me ouvirem falar.

- Então Gina, o que você quer? - Damon perguntou tocando em minha mão, na qual imediatamente eu recusei o toque.

- Primeiramente, eu quero quartos separados.

- Fora de questão. - Saulo disse curto e grosso como sempre.

- Saulo, deixa ela falar primeiro. Continue, Gina. - Victor disse com certa curiosidade.

- Bom, como eu dizia, eu quero quartos separados com a minha privacidade intacta. Quero poder fazer faculdade e quero poder sair também como uma garota normal, também quero que me respeitem e que não fiquem me agredindo.

- Só isso? Ótimo, iremos pensar no assunto.

- Na verdade tem mais uma coisa.

- O que é?

- Eu não quero consumar o casamento.

- Porra, do que está falando, Gina?

- Isso mesmo que você ouviu: eu não quero consumar o casamento, não quero que toquem em mim e não quero que violem minha castidade.

- Não, nunca! Você é nossa!

- Victor!

- Ela enlouqueceu? Se vamos nos casar, teremos uma vida de marido e mulher, não vamos deixar de querer foder você. Essa possibilidade está fora de questão! Vamos consumar o casamento e pronto.

- Então eu não irei me comportar!

- Pois bem então, quer levar umas palmadas né?

- Não, Victor, por favor!

- Então se comporte, mocinha.

- Só se aceitarem o acordo.

- Cazzo! Maldita ragazza! - Saulo disse com raiva.

- Acalmem-se, senão nunca iremos conversar como pessoas civilizadas. - Damon tentou apaziguar o caos.

- Gina, meu anjo, infelizmente nós não podemos concordar com a questão do casamento. - Stefan disse.

- Por que não?

- A máfia exije que na noite de núpcias, o lençol deve ser entregue ao Conselho para provar a pureza da noiva. Precisamos consumar o casamento, me desculpe pequena.

- Então irão violar minha castidade?

- Sim. - eles disseram em uníssono.

- Não se preocupe, meu amor, vamos fazer você gostar de cada momento da nossa noite de núpcias.

- Cada toque que realizarem, eu vou sentir nojo assim como estou sentindo agora. Ainda não entenderam que odeio vocês?

- Gina, com o tempo, talvez você...

- Me deixe em paz, Stefan!

- Anjinho, por favor...

- Não me toque! Achei que fosse me proteger, mas pelo visto você também nunca gostou de mim. Só estava me seduzindo com sua luxúria.

- Não, Gina! Eu juro! Acredite em mim! Por favor.

- Então Gina, o que vai ser?

- Gina, não tem outro jeito, acredite eu queria que tivesse, mas não tem. O Conselho iria convocar uma reunião para te punir, caso você não fosse pura.

- Consumem. - eu disse com um nó na minha garganta. A vontade de chorar ao proferir aquela palavra de afirmação era enorme, eu estava me sentindo imunda, manchada. Eu  sentia que eu estava me vendendo ao diabo por pura covardia. Não tinha outro jeito, uma hora ou outra eles iriam me forçar.

- Gina, se quiser nós podemos te dar mais tempo pra pensar. - Stefan disse fazendo carinho em minha face.

- Não, pra que mais tempo se vocês vão me forçar de qualquer jeito?

- Olhem só, ela finalmente aceitou. Parece que nossa menininha entendeu a quem pertence.

- Deus irá te punir severamente Saulo, não tenha dúvidas.

- Ele pode me punir, não tenho medo, mas se eu for pro Inferno eu te levo junto comigo, Gina.

- Pois então, farei da sua vida um inferno até que desistam dessa ideia maluca de se casarem comigo.

- Mal posso esperar, anjo.

- Bom, então parece que tudo foi resolvido. Podemos jantar agora? - Damon perguntou.

- Claro, irmão.

- Chamem o garçom, por favor.

- Comam á vontade, eu não quero.

- Tem certeza, amore mio?

- Sim, só de eu olhar para vocês, eu perco toda a minha alegria.

- Pois bem então, fique com fome. O problema é todo seu, querida.

𝑷𝒂𝒓𝒂 𝑺𝒆𝒎𝒑𝒓𝒆 𝑵𝒐𝒔𝒔𝒂, 𝑺𝒐𝒎𝒆𝒏𝒕𝒆 𝑵𝒐𝒔𝒔𝒂Where stories live. Discover now