𝑷𝒂𝒓𝒂 𝑺𝒆𝒎𝒑𝒓𝒆 𝑵𝒐𝒔𝒔𝒂, 𝑺𝒐𝒎𝒆𝒏𝒕𝒆 𝑵𝒐𝒔𝒔𝒂

22- Reunião da Camorra

Saulo Salazar
1 semana depois...

Já fazia uma semana que Gina nos evitava, aquilo estava nos aborrecendo. Nesse dia era a reunião da Camorra. O Conselho solicitou nossa presença para falarmos do matrimônio. Estávamos na sede da máfia com ela, que estava se mostrando nervosa e triste. Por que a minha garotinha estava tão triste? Na hora que eu iria falar com ela, a porta se abriu e um mordomo nos recepcionou.

- O Conselho lhes aguarda, senhores Salazar.

- Grazie mille!

- De nada. - o mordomo se retirou e nós entramos no escritório. O Conselho era formado por dez homens, cada um com uma função dentro da famiglia. Gina apertou meu braço e se escondeu atrás de mim, enquanto eu e meus irmãos olhávamos para eles. Um deles tirou o óculos e jogou na mesa após um suspiro, então disse:

- Vocês tem ideia da merda que estão se metendo?

- Sim.

- Tem ideia que este será o primeiro casamento poligâmico dentro da nossa famiglia?

- Temos sim.

- Por que, Saulo? O que mudou?

- Ela. Ela mudou tudo.

- Está se referindo á essa criança?

- Eu não sou uma criança! - ela disse ofendida.

- Não? Não é o que parece. Deixe-me ver: seu nome é Gina Pellegrine, morava com seus pais sob educação católica, frequentava a igreja todos os dias, sempre tirou notas boas na escola, se veste como uma freira, etc. Até agora só vi motivos para rir de você, garotinha. - ele disse debochando.

- Ela é uma boa pessoa, não é como essas putas da máfia que deram para todo mundo e se acham no direito de quererem ser a dama. - Stefan disse.

- Stefan, a cada dia você me impressiona. Tem ideia da merda que me colocaram?! - ele gritou.

- Olha aqui, nós...

- Vocês são loucos! Vocês quatro desde crianças são loucos! Aonde já se viu uma garota se casar com quatro homens dentro da máfia? Saulo, como será esse casamento? Como irão viver? Vocês são irmãos.

- Meio-irmãos. Não temos laço sanguíneo, então não é incesto ou o que estiver pensando. Todos nós iremos assinar o pacto de casamento, com o nosso sangue. Gina se tornará parte da famiglia e se tornará a dama. Ela será respeitada e temida, será conhecida por ser a esposa dos irmãos Salazar. - Victor disse.

- Todos irão se curvar á ela, todos irão temer a Dama. - Stefan disse.

- Acha que ela vai ser uma boa esposa?

- Com o tempo, ela aceitará.

- Garotinha, chegue mais a frente por favor. - ele gesticulou que ela viesse e ela andou alguns passos para a frente, ficando na mira dos olhares julgadores do Conselho.

- Você sabe o perigo que corre ao se casar com eles?

- Não tudo, mas sei um pouco.

- Sabe que nunca poderá se separar deles? Aqui na máfia, os casamentos são selados com uma assinatura de sangue, então quando assinar o pacto, você será parte deles e da famiglia. Você nunca mais poderá deixá-los, irá pertencer a eles e não terá direito a revogar o casamento. O casamento só acaba com a morte.

- Olha senhor, eu não queria estar aqui. Eu não queria me casar, eu não queria ser sequestrada, eu não queria fazer parte dessa maldita famiglia, mas aqui estou eu seguindo o caminho que Deus me colocou. Se Deus está me mantendo aqui, quer dizer que aqui será o meu lugar. E se isso quer dizer que nunca mais vou me separar deles, eu aceito meu destino.

- Você é corajosa, eu gosto disso. Talvez no fundo desse jeitinho de freira, tenha uma mulher forte que irá comandar a máfia.

- Não, obrigada. Eu apenas irei cumprir minha parte do casamento.

- Bom, iremos fazer uma votação. Levante a mão quem apoia o casamento poligâmico dos irmãos Salazar. - ele disse levantando sua mão. Demorou, mas depois aos poucos, cada um do Conselho levantou as mãos.

- Cazzo! Conseguimos! - Damon disse.

- O Conselho da Camorra autoriza o casamento. Reunião encerrada.

- Agora sim, estamos perto do que queríamos, irmãos! - eu disse animado.

- Pronto, bonequinha, agora você vai poder ser nossa. - Victor disse abraçando-a, mas ela o empurrou e saiu da sala enfurecida.

- Gina, espera!

- Eu vou atrás dela! - Damon disse.

Ele foi atrás dela e nós ficamos comemorando a notícia. Stefan se aproximou de um deles e fez uma pergunta que nunca esqueceríamos:

- Senhor, por que autorizou o casamento? Tem noção do que somos capazes de fazer com ela?

- Eu sei, por isso autorizei. Vi nos olhos de cada um de vocês o que sentem por ela. Peguem a garota.