Victor Salazar
08:00Acordei e vi o amanhecer do sol. Os pássaros estavam cantando e aquilo me irritava, eu estava com muito sono ainda. Me levantei da cama ainda sonolento e fui tomar banho, depois vesti uma calça e uma blusa social e desci para tomar café. Stefan e Damon estavam se servindo á mesa.
- Buongiorno, fratellos.
- Buongiorno, Victor. - eles disseram em uníssono.
- Dormiram bem?
- Sim, e você?
- Mais ou menos, ouvi Gina chorar á noite inteira.
- É meio natural que ela tenha esse comportamento, ela ainda não nos ama e nunca vai amar se continuarmos tratando ela assim.
- Não me importo, ela está com a gente e vai se acostumar, é o que importa. Quando será o casamento?
- Quando formos para casa, o Conselho está requisitando nossa presença na reunião do matrimônio.
- Estou com pena do nosso anjo. - Stefan disse com um olhar distante.
- Por que?
- Até pouco tempo, era negligenciada pelos pais, agora ela foi sequestrada por quatro mafiosos obcecados por ela e que vão se casar com ela, tornando-a uma dama da famiglia Camorra. Ela nos odeia e eu odeio fazê-la sentir isso.
- Stefan, para de ser um santo. No fundo, você quer foder aquela boceta tanto quanto nós. Ela é nossa garota, temos que fazê-la nos amar.
- Acha que ela vai nos amar se a estuprarmos?
- Não é estupro.
- Não aja com hipocrisia Victor! Você sabe muito bem que é.
- Stefan, ela vai ser nossa esposa e nas leis da máfia, a mulher deve se submeter ao seu marido, no caso nós quatro. Mesmo que não fosse lei, eu faria da mesma forma. Uma hora, ela vai ter que aceitar caralho!
- Ela pode aceitar se nós a tratarmos bem, mas vocês insistem em tentarem domá-la como se ela fosse um bicho.
- Ela é o nosso bichinho. Ela é muito fofa, mas vai ficar mais fofa ainda quando estiver gozando nos nossos paus.
- Você é um babaca.
- Eu sei, por isso eu me amo.
- Chega vocês dois, vamos tomar café como uma família normal por favor. - Damon disse impaciente.
- Desde quando somos normais, querido irmão?
- Verdade, nunca fomos.
- É isso que nos faz sermos os irmãos Salazar.
- Um brinde! - nós brindamos com nossas xícaras de café. Saulo em seguida desceu as escadas com um sorriso e nos olhamos curiosos com aquilo. Ele quase nunca sorria. Ele se sentou conosco e começou á se servir.
- Buongiorno, fratellos.
- Buongiorno, Saulo. - nós dissemos em uníssono.
- Pelo visto a noite foi boa, está sorrindo.
- Pois é, eu relaxei um pouco.
- Ah é? E o que você fez para relaxar?
- Digamos que talvez, ontem eu e Gina tivemos uma conversa como dois adultos e ela concordou em ficar na linha.
- Hmm... ameaçou? - Damon perguntou.
- Não, eu apliquei um leve castigo nela.
- O quê? - dissemos assustados. Stefan se levantou da cadeira e deu um soco na cara de Saulo, que caiu e se levantou em seguida dando outro soco. Damon segurou Saulo e eu segurei Stefan, antes que se batessem de novo.
- Filho da puta! Não toque nela!
- Ela é nossa noiva e mereceu o castigo!
- Vai se foder!
- Se acalmem, pelo amor de Deus! Saulo, onde ela está?
- No quarto, dormindo com a bunda vermelha.
- Seu desgraçado!
- Para, Stefan!
- Qual o seu problema? Será que não consegue tratá-la bem por um dia sequer?
- Ela escolheu apanhar do que se desculpar comigo, ela que quis apanhar de chicote! A culpa não é minha que Gina é tão teimosa, caralho.
- Olha aqui, seu...
- Rapazes, calem a boca! - eu disse após ver Gina descendo as escadas com sua camisola de seda rosa em direção á cozinha. Ela estava com o rosto vermelho de tanto chorar provavelmente e estava de braços cruzados tentando se cobrir. Além de triste, estava envergonhada já que seus seios estavam bem á mostra e aquilo estava nos deixando com água na boca.
- Gina? - Stefan disse.
Ela ignorou e foi até o armário da cozinha, parecia estar procurando alguma coisa. Ela achou uma caixa de remédios perto da pia e subiu novamente para o quarto, nos deixando sozinhos ali. Soltamos meus irmãos e subimos até o quarto dela, mas a porta estava trancada.
- Mio angelo, abra a porta, por favor. - Damon disse batendo em sua porta com delicadeza para não assustá-la.
Ela não hesitou e destrancou a porta no minuto seguinte. Adentramos no cômodo e ela estava em frente ao espelho, espalhando uma pomada para assaduras em sua bunda vermelha. Stefan a abraçou por trás, mas ela o empurrou.
- Gina, não me afaste de você, querida.
- Já viram o castigo que Saulo escolheu pra mim, podem ir agora.
- Nos deixe cuidar de você.
- Acho que o cuidado de vocês só me machuca, então não, obrigada.
- Gina, eu... - Saulo disse, mas ela o interrompeu.
- Não! Não fale nada, só me deixem um momento sozinha por favor. Só peço isso.
- Vamos embora, Saulo.
- Me desculpe, Gina!
- O quê? - nós dissemos assustados com o que ele tinha acabado de dizer. Saulo só havia pedido desculpas a ela uma vez, ele era orgulhoso demais. Aquilo fez os olhos de Gina se encherem de lágrimas novamente.
- Desculpar?
- Me desculpe, querida.
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𝑷𝒂𝒓𝒂 𝑺𝒆𝒎𝒑𝒓𝒆 𝑵𝒐𝒔𝒔𝒂, 𝑺𝒐𝒎𝒆𝒏𝒕𝒆 𝑵𝒐𝒔𝒔𝒂
Romance📍Sicília - Itália Gina Pellegrine é uma menina doce e inocente criada sob educação religiosa, que conquista os olhares de todos aonde quer que passe. Possui uma beleza estondiante, é inteligente e bem curiosa, mas ás vezes sua beleza conquista olh...