C.H.A.O.S.

8

— BOM DIA, SENHORES.

— Bom dia, Vossa Excelência. — respondemos enquanto a Presidente Connely analisa, em silêncio, cada um de nós prostrados diante dela.

Por fim, ela emite uma opinião:

— Me parece que fez boas escolha, soldado Hawkins.

— Sim, senhora. As melhores que pude. Em minha concepção, esses são os melhores soldados que pude selecionar. — digo.

— E quanto ao que eles pensam? Seria egoísta desprezar tais opiniões, não acha? — pergunta ela. — Brock Fraser, seu pai ficaria orgulhoso de você e de sua escolha. Foi sábio ao decidir o futuro que deseja seguir. Sei que lhe trará muita honra.

— Isso significa muito para mim vindo da senhora, Vossa Excelência. — diz Brock mal conseguindo conter a felicidade com o comentário da Presidente. Ele passa as mãos levemente na lateral da calça enxugando o suor delas. Está nervoso.

— Will Rogers, altas notas de desenvolvimento. Versado em combate corporal. Um desempenho de dar inveja. Seria um ótimo soldado em qualquer área em que ingressasse. Devo dizer que fiquei receosa com o fato do soldado Hawkins ter selecionado você. Espero que isso não tenha obstruído seus planos. — diz a Presidente parada diante de Will, cruzando os braços à frente do corpo vestido em um terninho azul-claro.

— Absolutamente, Vossa Excelência. Assim como para qualquer soldado, será uma honra para mim servir à guarda presidencial. — fala Will de pé em uma postura rígida, todos os músculos do corpo retesados parecem carregados de tensão, só não consigo distinguir se é nervosismo ou adrenalina.

— E, sem dúvida, estamos honrados em tê-lo conosco. — A Presidente fala enquanto esboça um sorriso discreto. — Ah, e a prodigiosa Ariana Dawson. Uma das melhores soldados femininas que o General Bernstein já treinou. Palavras do mesmo.

— Bondade do General. Apenas fiz o melhor que estava ao meu alcance. Um bom oficial faz um bom soldado. Somos o que somos devido às instruções que recebemos. — fala Ariana.

— E é humilde também. Valorizo isso. — diz a Presidente caminhando até sua mesa. Ela desliza os dedos suavemente sobre a superfície de mogno enquanto dá a volta na mesa até sua cadeira. — Sabem, senhores, notei que um dos termos mais usados por vocês foi honra, e seus desejos de alcançá-la, mas honra é algo que todo cidadão digno merece ter. Isso vocês, de fato, não podem conseguir aqui — Ela se senta na cadeira. — pois já possuem tal dádiva, mas, embora todas as pessoas honestas sejam dignas de honra, nem todas podem alcançar a glória que é algo, obviamente, mais seleto. No entanto, eu vejo o potencial para conquistá-la em cada um de vocês. Na postura e nas palavras, vocês mostram quem são. E eu gosto do que vejo. Bem-vindos à guarda presidencial.

O General Bernstein adentra a sala carregando seu quepe ao lado do corpo.

— Bom dia, Vossa Excelência. — cumprimenta. Prestamos continência e, o General faz o mesmo. — Descansar, soldados. — relaxamos a postura.

— Chegou em uma hora muito oportuna, General. Gostaria que mostrasse as dependências da mansão presidencial aos novos soldados. Quero que se familarizem com os ambientes que irão percorrer e, consequentemente, proteger. — diz a Presidente.

— Imediatamente, senhora. — responde o General. — Acompanhem-me, soldados.

— Com licença, Vossa Excelência. — dizemos em uníssono antes de seguirmos o General e deixar a sala.

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Depois de visitarmos vários cômodos, percorrermos vários corredores e conhecermos cada cômodo da mansão presidencial, cada um de nós já tem a planta da casa projetada na mente como uma tatuagem mental.