Capítulo 11

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Resumo:

"Mengmeng tem certeza que não precisa de ajuda?" disse uma voz melodiosa em seu outro ouvido causando arrepios em sua pele.

"Teu... todo teu... você me enlouquece... você é o que eu quero..."Ainda achando que estava ficando louco, Xue Meng notou a diferença sutil entre essas frases desconectas em sua mente nem um pouco fértil enquanto se virava para encarar o outro devasso provocador.

Não foi possível não reparar na bunda completamente exposta dele enquanto ele mergulhava exibicionista.

"O meu sangue ferve por você..."


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Era noite no Pico SiSheng quando chegaram. Estava tarde e eles estavam cansados. Depois de se separarem após o momento de calor, Xue Meng ficou quieto e não falou muito. Tampouco partiu para a agressão física. Seu rosto estava rubro, e os irmãos foram compreensivos em não pressionar por alguma atitude por parte do mais novo. Uma palavra. Eles não foram atacados, mas não significava que ainda não pudesse acontecer.


Xue Meng estava no salão ancestral de sua família agora, em frente às placas memoriais de seus pais. Nunca pensou que poderia sentir novamente o desejo tão forte de ter o colo de sua mãe. Seu pai para pedir conselhos... nunca foi tão evidente o quanto ele estava sozinho.

Ele estava tão confuso que nem tomou banho ou se trocou ao chegar.


Ele nunca se sentiu tão desamparado. Seu coração parecia estar sangrando por alguma razão. Uma dor tão lancinante, mas sem poder gritar. Xue Meng tentava sufocar as lágrimas. Mas elas ainda estavam caindo. Um homem também chora... Guerreiros são... pessoas... pensou com a visão turva. Tão fortes... tão frágeis... Guerreiros também podem ser meninos mãe? Ele queria poder perguntar...


Seu coração estava experimentando tanto nos últimos dias que sua mente não conseguia acompanhar... Ele nunca notou que estava tão, mas tão só... que se sentia mais sozinho do que era capaz de reconhecer e que sem perceber já tinha depositado seus ovos em apenas uma cesta, nesse caso duas, mas cestas que nem eram suas. Que as sombras que foi permitindo ficar agora eram amarras eternas em seus calcanhares. Experimentar quase perder Hanxue... Experimentar um carinho tão intimo, embora fugaz... Experimentar dividir a cama... a vida... parecia tão errado... mas tão certo também.... só que doeu ser apenas a gratidão de alguém... de novo.


A verdade é que sim, um homem também chora... um coração também grita... e o dele estava berrando. Xue Meng sabia que eles eram seus amigos. Mas também foi amargo se sentir apenas a necessidade substituta de alguém... apenas a gratidão de alguém...


Até seu Shizun tinha Mo Ran como seu mundo agora. Ele não tinha um mundo além dessas colunas de pedra e também não era o mundo de ninguém.


Se Xue Meng também não fosse tão covarde com seus sentimentos, também reconheceria que deseja, precisa de carinho. Precisa de ternura. De alguém que seja o seu o seu remanso... Que desejava mais do que um abraço de gratidão. Ele também queria a candura apenas por ele e para ele. Sem precisar pedir. Sem precisar merecer. Assim como seus pais o faziam. Mas ele era Xue Meng. Que estava sempre sozinho. Que era sempre deixado sozinho. E ele nunca se humilharia para colocar seu segredo mais sombrio nas mãos de alguém. De que queria... De que sentia falta. De depender do afeto de alguém. De dar a chance de ser abandonado de novo. Ele mesmo curaria suas feridas, curaria seu coração com palavras amenas. E trancaria tudo de volta no peito.

Deveríamos estar aptos a falar abertamente sobre nossos  sentimentosWhere stories live. Discover now