Capítulo 14

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Resumo:

Mesmo sorrindo feito bobo, o rosto de Mei HanXue ardia. Como não doer depois da bofetada ardente que Xue Meng depositou em seu rosto? Era irônico pensar que ele nunca vira seu irmão levar uma única bofetada nem mesmo quando deixava multidões de mulheres para trás chorando e nem mesmo ele próprio quando se livrava de algum encosto para o irmão. Tudo por um pedido inocente. Ok. Não tão inocente.

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Xue Meng não queria construir castelos de ilusão. Era manhã no Pico SiSheng e ele estava deitado na cama emprestada a Mei Hanxue. O cheiro dele ainda impregnado nos lençóis. O pensamento nas palavras e atitudes das suas sombras, sem chegar a um consenso. Seriam os presentes de despedida dos irmãos Mei, para que ele pudesse ter mais do que lembranças dolorosas antes de se assentarem com um cônjuge?

Ele se perguntava se todas essas pinceladas de cor em sua vida nos últimos dias não eram frutos de sua imaginação e de seu coração desesperado por atenção.

Ele pensa nas palavras escritas junto às rosas que ganhou. Fitando o teto ele se perguntou se deveriam aclarar tudo antes que eles fossem embora no dia seguinte, ou se deveria ficar quieto na sua. Afinal, o que ele deveria perguntar? Sobre os planos que estão fazendo e que não o incluíam?

Xue Meng sabia que seu defeito era ser perfeito, e por isso ninguém estava a sua altura. Talvez por isso nunca havia quem ficasse. Talvez pensassem que os seres perfeitos se bastavam a si. Que a sua solidão era inexistente ou menor. E mesmo que sua perfeição nunca tenha sido o bastante para ninguém, ele não está disposto a chorar, implorar ao ver mais um sonho bom terminando. Ele não tinha a quem culpar, foi ele mesmo quem montou esse mundo e essa situação ao seu redor.

Xue Meng nunca foi bom com palavras que não fossem expressões sinceras de sua raiva ou frustração. As únicas pessoas que ele queria se foram e nada poderia trazê-las de volta. E os irmãos Mei estavam partindo. Iriam a um baile de máscaras em Jiangdong Hall. Mesmo Mei HanXue que não suporta Hua Ruowei também iria...

Xue Meng não pensa em ninguém em particular para dividir a cama, o leito, a vida, mas ele facilmente poderia manter os gêmeos como estavam até hoje. Os beijos e palavras o deixavam inquieto... e quente... e sem paz... mas a companhia deles era quente como um raio de sol, deixando seu castelo outrora lúgubre com um colorido ensolarado.

Ele vira na noite anterior o que a falta de cultivo duplo estava provocando neles e perguntou-se se não era egoísmo de sua parte querer mais do que eles já tinham lhe ofertado todos esses anos. Eles precisavam de outro tipo de companhia que não era apenas de um amigo. Xue Meng não era uma dama, mas ainda assim experimentou na boca, na pele, no corpo o que eles poderiam provocar em alguém. O que eles precisavam de alguém. As imagens de HanXue pareciam tão vivas ainda... e o beijo de Mei Hanxue tão devastador...

Depois de se arrastar para o leito e tentar conciliar o sono, tivera sonhos ainda mais indecentes do que aqueles em Gu YueYe, em que Mei Hanxue o beijava da mesma forma, mas deitado na cama enquanto Mei HanXue lhe beijava o pescoço enquanto se tocava ao mesmo tempo...

Xue Meng quer morrer por causa desse sonho e mais ainda matar os gêmeos por confundirem seus sentidos, mas... da última vez que ele vira Shi Mei não foi um evento feliz, e ele se arrependia de nunca ter procurado conhece-lo. De ter sido indiferente. Mesmo que eles merecessem por estarem torturando seus sentidos, Xue Meng tentaria não mata-los. Ele não quer se indispor com eles. Vai que da próxima vez em que se encontrarem, seja como aconteceu com Mo Ran e Shizun, ambos já dividindo uma casa e uma vida juntos com outra pessoa?

Deveríamos estar aptos a falar abertamente sobre nossos  sentimentosWhere stories live. Discover now