Deveríamos estar aptos a falar abertamente sobre nossos sentimentos

Capítulo 18

Notas:

Há mais um pouco de elucidação em vontades ocultas e no passado de um dos gêmeos.

Atenção: Há momentos de erotização.

Resumo:

Era estranho imaginar que durante todo esse tempo de indiferente apatia sentimental, seu corpo pulsou lamentoso, aceitou desejoso e respondeu caloroso àqueles toques que se adequavam perfeitamente a ele, preenchendo lhe os vazios do rio de sua alma como a água da chuva preenche os caminhos da paisagem seca de um rio em baixa, fazendo-o encher e transbordar feliz e levar fartura a toda a terra.

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O barulho de corpos se chocando estava alto. A atmosfera pesada e cheia de significados. Sons úmidos se faziam notar tanto quanto gemidos e palavras de prazer. O ritmo do amor era quente e ansioso. Bocas se encontravam com luxúria, ao mesmo tempo em que quadris se encontravam cheios de malícia, e o rosto de ambas as pessoas estava vermelho, em um misto de vergonha e prazer misturados.

Estavam sentados, mas completamente conectados, sem receio e sem pudores.

O homem que estava sentado na borda da cama, pés apoiados no chão, as mãos segurando de forma firme e possessiva o corpo acima do seu, tinha longos cabelos dourados como fios de ouro, e mesmo que normalmente ele tirasse todos os adornos para dormir, ainda havia uma conta verde-água em um pingente que enfeitava sua testa. Ele não tirava, pois sabia que seu amante tinha um fetiche por ela. Algo muito particular. Nesse momento ele se afundava no corpo acima do seu com paixão. Estava beijando ora o pescoço, ora a boca. E sempre com muita atenção, com muita paixão. Sabia que ele gostava de exclusividade em quase tudo e na cama não seria diferente.

Mesmo passivo, ele gostava de comandar, de ter o poder, e ele tinha um enorme prazer em ver esse lado dominante dele. Mesmo que fosse só uma fachada e que na verdade ele era muitas vezes o conduzido, era divertido o ver tentar salvar a cara mesmo quando estavam ali. Se amando com loucura.

Então como ele se achava o dominante, estava por cima.

Seu amorzinho tinha cabelos escuros longos e olhos deslumbrantes, mas afiados, com uma aura de poder que era extremamente natural. O tipo de pessoa que impunha sua presença mesmo sem abrir a boca tão logo adentrasse em um recinto. Ele era um dos únicos que conseguia domá-lo. Tinha um rosto preciosamente mimoso e delicado, no entanto, e que por isso, chamava atenção demais. Felizmente ele impunha medo por sua personalidade difícil e orgulhosa, então apenas alguns chegavam perto o bastante para experimentar o veneno do escorpião.

Agora, no entanto, esse homem intenso e vaidoso se desfazia em gemidos sussurrados, a boca aberta procurando ar ou chupando dois de seus dedos. Em seus mamilos era possível ver dois prendedores metálicos. Com a energia espiritual certa, poderiam ser canalizados pequenos impulsos elétricos que continuariam a estimular os dois botões róseos no peito dele enquanto suas mãos e bocas se ocupavam em outros setores de sua anatomia. O loiro tentação sabia que era um dos muitos pontos sensíveis do seu amor.

Quem seria esse homem perturbador se não Mei Hanxue, que agora estava feliz demais com Xue Meng em seus braços.

Xue Meng estava sentado em seu colo, parcialmente ajoelhado. Como ele estava sentado na borda da cama, com os pés apoiados no chão, Xue Meng estava com as costas em seu peito, sentado em seu colo, com seu interior sendo preenchido gloriosamente por toda a extensão pouco humilde de Mei Hanxue. As pernas dele no entanto, estavam ajoelhadas ao lado das suas, sobre a cama, fazendo-o se apoiar sobre os joelhos para impulsionar o corpo durante o ato de paixão dos dois.