Escarlate São Teus Olhos - Tom Riddle

Sapatos Vermelhos

- LORDE VOLDEMORT POV. -

- MERDA...PORRA - derrubo toda a mobília da sala da minha casa, em pleno estado de fúria.
Ela me deixou...minha baby me deixou...eu estou frustrado, sem qualquer resquício de felicidade em meu ser.

Por que? Por que eu não consegui dizer que a amava? Por que eu não lutei? Eu não fui atrás do que me pertence?

Eu estou puto, muito puto da vida, Ravena é minha mulher, minha, minha pequenina devassa.

Eu notei ela se afastando, não sou cego, ela me evitava avidamente, desde aquela noite do baile, aquela noite acabou com nosso relacionamento...eu acabei com nosso relacionamento.

Sentia falta dela, em cada momento, todos os segundos, sua presença me acalma e me incendeia, ela é linda, minha vontade é me ajoelhar em sua frente e contempla-lá, a mais perfeita.

Ela deu um fim em nosso relacionamento, no nosso noivado, eu queria chorar, gritar e dizer que eu a queria, que eu a queria mais que tudo nessa vida.

Ravena me ama, Ravena...sempre vai ser Ravena, a mulher que me tirou da minha zona de conforto e me levou nas nuvens, me fez conhecer o Éden, ela me levou até ele, mas eu mesmo me tirei de lá.

- EU TE AMO PORRA - destruo minha mesa que se estilhaça em pequenos pedaços de vidro - EU TE AMO RAVENA, AMO PRA CARALHO - me permito cair no chão derrotado.

Eu não sei o que fazer, estou perdido, eu a amo, mas ela não vai mais acreditar em mim, não mesmo...

Pego sua pequena aliança em meus dedos e a seguro em meu peito, choro...choro como uma criança.

Só queria acordar com você todos os dias, cheirar seus cabelos, ver seu sorriso, beijar seus lábios, escutar você me chamar de Voldy fofinho, fazer amor com você... eu quero tanto você, minha Ravena.

[...]

Dois meses se passaram, dois meses sem Ravena, sem ver Ravena, sem sentir Ravena...eu estou um caos total, enfurecido, ranzinza e mal humorado.

- Entre - falo ao escutar batidas na porta.

- Milorde - Bellatrix adentra o cômodo com uma camisola preta que a deixava com um aspecto de vampiro.

- O que quer, Lestrange? - questiono sem rodeios, não estou com paciência hoje.

- Estou aqui para te servir, milorde - vem até mim, colocando sua mão em meu peito, seu toque não me agrada, não é cuidadoso, não é amoroso...é frio e sem vida.

- Dispenso seus serviços, Lestrange - tiro sua mão do meu corpo.

- Milorde...por favor...ela te deixou... - ousa me dizer, o que foi o estopim da minha ira.

A seguro pelo pescoço e a grudo em uma parede, a mulher olha algo na porta e sorri me roubando um selar nojento.

Escuto um ruído baixo e me volto para a porta, vendo um vulto sair da minha sala.

Solto a mulher e vou em direção a porta, sentindo o cheiro, o doce cheiro do meu único e verdadeiro amor.

Ia sair em direção a ela, mas, uma caixa delicada, pequena e branca me faz olhar para o chão, a pegando em minhas mãos.

Tremendo abro a mesma e para o meu maior desespero, vejo um par de sapatos vermelhos...um par de sapatos de bebê.

Sem pensar em mais, me volto para a mulher que ria em escárnio em minhas costas:

- AVADA KEDAVRA - ela caí com um baque surdo, sem vida no chão do meu escritório.

Ravena...Ravena está grávida...e veio me contar...porra, a minha mulher está grávida.
Eu preciso explicar...ela entendeu tudo errado...eu sou inteiramente dela...eu amo ela.