Chocolate Quente

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Era uma noite fria, já se passaram duas semanas do meu breve "encontro" com aquele bruxo maldito. 

No dia seguinte, eu tive que realizar uma viagem urgente para o Brasil, por conta de um problema que surgiu em um dos meus fornecedores de matéria-prima, como sempre tive cuidar de cada pedrinha impertinente que se metia no meu caminho, mas, eu ainda assim, pensava nele dia e noite, pensava no seu olhar, em sua boca e em suas mãos grandes e lisas.

Foram duas semanas difíceis para mim, mas agora havia voltado para minha casa, tomei um banho em que decidi ficar apenas com a minha lingerie já que como sempre seria apenas eu em minha grande casa e jantei brevemente, arrumando minha própria bagunça.

Estava de frente para a minha lareira sentada com as pernas em cima do meu confortável divã vermelho, com a minha manta sobre as minhas pernas, lendo um livro sobre Feitiços das Trevas que adquiri recentemente, com meus óculos para leitura e minha xícara de chocolate quente em meus lábios, quando um vento frio me envolve e sinto a presença dele, o cheiro marcante amadeirado e com uma pitada de menta do homem que eu tanto desejei nesses quatorze dias longe de casa.

- Olá Voldemort, está fazendo muito frio esta noite, feche a porta da minha varanda e venha me fazer companhia, querido - o chamo sem tirar os olhos do meu livro, escutando a porta ser fechada e seus passos se encaminharem até onde estou.

Ele suavemente levanta minhas pernas e se senta perto do meu tronco, colocando minhas pernas com a manta quente em seu colo, acariciando com cuidado as minhas pernas por debaixo da manta.

Finalmente o olho e ele estava de matar, como sempre, com uma jaqueta preta de couro, camisa social branca e uma gravata preta, seus fios estavam arrumados, suas bochechas levemente coradas pelo frio e sua boca vermelhinha tão convidativa.

Coloco o meu livro e meus óculos na mesinha de centro, me esticando para alcança-la mostrando minha lingerie vermelha para ele, que me encara predatoriamente, pego novamente meu chocolate quente e me ajoelhando no divã perto do homem, ofereço a minha xícara para ele, que prontamente pega da minha mão e leva aos lábios o líquido quente.

Me entrega novamente a xícara e eu tomo o que ainda tinha dentro da mesma soltando um fraco gemido de aprovação, que faz as íris do homem ficarem vermelhas quase parecidas com a tonalidade das minhas, muito interessante... ele deve ter corrompido sua alma ou algo assim, eu sei que essa reação biológica só pode ser obtida a partir do rompimento da alma com o ser.

Coloco sobre a mesinha de centro a xícara me voltando novamente para o homem, toco em seus braços fortes e subo minhas mãos para tirar sua jaqueta de seu corpo, o que ele prontamente entende e me ajuda a tira-la, toco em sua gravata e afrouxo o aperto em seu pescoço também a tirando com facilidade do seu corpo.

- O que está querendo comigo, baby? - pergunta ao me puxar para seu colo, me fazendo sentar em suas coxas firmes, com uma perna de cada lado do seu corpo.

- Não sei, querido - abro alguns botões de sua camisa espalmando minha mão em seu peito liso sem pelos - mas sei que quero você comigo agora, Voldemort - grudo nossas testas, sentindo suas mãos acariciando minha cintura, subindo e descendo lentamente.

- Baby...eu te desejo tanto...senti falta de vê-la todas as manhãs - seus lábios roçavam os meus suavemente.

- Eu também, querido - falo ao colocar meus lábios sobre os dele demoradamente - seguro seu rosto ao separar-nos para olhar em seus lindos olhos azuis que sob a luz das chamas da lareira do cômodo, refletiam claramente a minha imagem, era tudo o que ele via no momento, assim como ele era a única coisa que eu via e contemplava.

Sem dizer mais nada, grudamos nossas bocas com urgência em um beijo voraz e possessivo, que percorria curiosamente cada detalhe das nossas bocas, como um reconhecimento de território recém descoberto.

Nossas línguas se chocavam com força, sorvendo o gosto de chocolate de nossas bocas mas que na dele tinha um resquício de Whisky de Fogo, que deixava tudo mais gostoso e interessante.
Sua mão tira o meu cabelo de meu pescoço com delicadeza o deixando livre para sua boca devoradora, que beijava, succionava e lambia com avidez, me fazendo remexer em seu colo com o tesão que se apossava de meu corpo, enquanto suas mãos apertavam a minha bunda com força e passeavam pela mesma por debaixo da minha calcinha.

- Você é minha, baby - ele sussurra em meu ouvido, voltando a trilhar seus beijos em meu pescoço com sua boca macia e deliciosa.

Voldemort deita meu tronco no divã e seus beijos molhados se seguem para os meus seios cobertos pelo sutiã, e continuam pela minha barriga, minha intimidade coberta pela pequena calcinha, minhas coxas, minhas pernas e meus pés.

- Querido - começo a falar mas sou interrompida pelo homem que me silencia com o dedo em meus lábios.

- Baby...hoje eu não vou foder essa sua buceta cheirosa como ela merece, quero deitar com você, ao seu lado - é o que ele fala ao me pegar no colo no estilo noiva e me colocar em minha cama delicadamente.

Vendo ele começar a tirar o restante de suas roupas, o paro e eu mesma desabotoou os botões de sua camisa a tirando de seu corpo lindo, e assim também tiro sua calça, sobrando apenas sua cueca preta...um ser divino é o que ele parecia, seu corpo é a minha perdição.

Ele se enfia por debaixo das minhas cobertas e ficamos nos encarando por alguns segundos, apenas sentindo a respiração um do outro, até que eu chego mais perto de seu corpo deito minha cabeça em seu peito e enlaço nossas pernas.

- Você é meu, Voldemort - foi tudo o que disse antes de o sono me atingir.

- Eu sei, baby - é o que pensei escutar em meus últimos lapsos de lucidez.

Escarlate São Teus Olhos - Tom RiddleOnde as histórias ganham vida. Descobre agora