Capítulo 9

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VOU TE ENCONTRAR

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VOU TE ENCONTRAR

Talvez em uma tentativa de ocupar minha mente e manter meus pensamentos afastados de minha discussão com Jorge e o término com Alana, pego duas canecas de café no refeitório, no dia seguinte ainda de manhã, e vou até a central. É claro que também poderia acrescentar os outros recentes acontecimentos que impediram que eu dormisse, como o fato de eu pertencer a outra espécie e estar a um triz de virar uma cobaia. Podia também pegar os acontecimentos do passado que só agravavam meu estado mental: a morte de meu pai e o que ocorreu na missão K.

Resumindo, eram informações demais para uma mente só, principalmente quando essa mente já é uma bagunça perigosa sem precisar de nada. Como uma bomba relógio que explode quando bem entende. Às vezes, queria que os cientistas criassem uma máquina do tempo — mesmo que eles já tenham explicado mil vezes que não é possível — e me dessem de presente. Faria bom proveito dela. Voltaria a minha infância, antes dos poderes se manifestarem, quando eu era apenas um moleque pirracento e minha mãe me colocava para dormir. Toda noite era uma história diferente, sobre princesas independentes, piratas aventureiros e tudo o que a imaginação de dona Lurdes alcançava.

Queria voltar no tempo para a época em que eu não tinha nenhuma responsabilidade, onde monstros existem mas são uma realidade longe da minha. Queria que o hoje não existisse, não do jeito que está, com todo esse estresse e problemas se acumulando na minha coluna. A vida deveria ser mais simples, e até pode ser, para os outros, os que não são agentes.

Entro na sala da central e desvio de pessoas presas nas telas de seu computadores e encontro Tobias em pé, os braços cruzados e uma expressão séria no rosto que me faz lembrar de nosso pai. Ele é a cara dele, a pele negra e os olhos escuros, até mesmo a cabeça raspada é idêntica. Por um segundo vejo meu pai e ele me encara de volta, mas não é sua voz que escuto.

— Café! — Tobias sorri e pega uma das canecas, gemendo com o primeiro gole. Então sua expressão muda, quer dizer, volta ao normal. É uma expressão que não consigo decifrar e que me faz sentir como se eu tivesse feito algo de errado. — Por que está me babando?

— Se eu quisesse te babar, compraria um videogame novo — digo, sem evitar o tom sarcástico na voz. Ele me responde com um dar de ombros rápidos, então me dá as costas e vai até sua mesa. — OK. Preciso de um favor seu.

Meu irmão não desvia os olhos da tela, mas seus lábios se erguem em um sorriso que diz eu sabia! Puxo uma cadeira vazia e sento ao seu lado, bebo um pouco do café e espero ele negar meu pedido.

— O que quer? — Só então percebo que há mágoa em suas palavras, se eu prestasse mais estação perceberia que ela sempre estivera ali, implicitamente explícito.

De uns tempos para cá parece que tudo o que faço machuca Tobias de alguma forma. Suponho que ele esteja assim pelo que aconteceu há dois dias, quando acabei tendo um de meus amados episódios e ataquei Alana. Deve ser isso.

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