O Domínio do Bárbaro

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Surya e Thiago estão nos dando à deus... SNIF, SNIF 😭😭😭
Mas que tal acompanhar O Domínio do Bárbaro? O livro já está sendo postado aqui no Wattpad. Tenho certeza que Ayana e Raffe estão prontos para entregar o romance Dark que esse site precisa!

Capítulo 03



Acordou com uma dor terrível no pescoço, e gemeu quando levou a mão até o local e percebeu um calombo. Tinha dormido de mal jeito e agora, pareciam que as dores eram ainda piores. Ainda desnorteada, levou um susto ao perceber onde estava e o quão pesados os grilhões eram. Tentou se movimentar, para alcançar uma almofada perto da cama, mas não conseguiu. A bola de ferro presa em seu tornozelo tornava tudo mais difícil do que já era.

Levantou e ficou de pé. Precisava firmar as pernas, conseguir força de onde não tinha para enfim conseguir sair daquele lugar.

Olhou ao redor e viu um bonito e luxuoso quarto. Uma imensa lareira perto da grande cama ao com colchas azul escuro, adornada por uma cabeceira em estilo imperial e com dorsais, combinando com a cor dos lençóis. Parecia algo bastante confortável, mas Aiyana repudiou aquele lugar, pois significava que o maldito bárbaro dormia lá.

"Se os ancestrais lhe dessem a chance de vê-lo dormindo, certamente não pestanejaria e o degolaria!"— Sentindo a raiva aflorar ainda mais, foi até a porta e testou o trinco. Estava trancada.

Novamente seus olhos se encheram de lágrimas.

Se ao menos Dasan estivesse vivo! Se ele não tivesse sido um cabeça dura tão tolo, talvez estivesse ainda vivo!

Um enorme peso lhe veio a mente ao se lembrar do pai ferido, lutando bravamente por sua própria vida, enquanto ela era levada embora.

Será que estava bem? Vivo? Será que o ferimento no braço tinha se agravado? Não sabia.

Angustiada ela tentou se mover novamente até o outro lado do quarto para ver através da janela, mas a corrente a puxou. Só conseguia ir até um certo lado do cômodo.

"Por que raios ele não a matava logo? Não a poupava daquele sofrimento? Já não tinha mais esperanças que pudesse encontrar alguém de seu povo, muito menos seu pai. Seu grande amor havia morrido pelas mãos daquele homem branco cruel. E agora, estava ali, dominada e cativa!" — Exasperada, ela se sentou sob a almofada e encostou a cabeça ao lado da coluna que separava a lareira.

Sem perceber, acordou com o barulho alto. Era a porta se fechando. Em alerta, acordou totalmente, sentindo as forças voltarem e a dor no pescoço anuviar, mas além de tudo: Um ódio terrível a percorreu até a alma. Odiava aquele homem. Percebendo que ele se achegara até ela e agora, retirava as correntes de seu pulso o escutou dizer:

— Está toda machucada, sua bugre imunda. — Falou rascante.

— Não me chame de bugre.— Ela rosnou fechando os punhos desejando socá-lo. — Meu nome é Aiyana.

Com um certo desdém, ele a fitou e depois se colocou de pé, olhando-a de cima, como se deixasse claro que ele era superior. Aiyana, assim como o restante de seu povo, detestava a palavra "bugre", já que servia para denominar de maneira pejorativa, os indígenas considerados não cristãos pelos europeus. Era uma maneira suja de reduzir a historicidade e importância do povo indígena. Um tentativa de apagar em palavras, já que em vida nem sempre eram tão assertivos.

— Seu nome não me interessa. Neste momento, a única coisa que quero é um banho.— Como se para provar seu poder, uma banheira grande apareceu na porta, sendo arrastada por dois homens negros, seguidos de várias criadas, portanto baldes de madeira fumegantes.— Deixe tudo ai e desçam.

A Dama Sem Nome: Um Romance da Máfia- NOVA VERSÃO 2023Where stories live. Discover now