Capítulo 18

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Quando Bárbara rompeu a porta de entrada, viu que Thiago encontrava-se parado próximo a janela, novamente com um copo de whisky na mão

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Quando Bárbara rompeu a porta de entrada, viu que Thiago encontrava-se parado próximo a janela, novamente com um copo de whisky na mão.

Havia se passado um tempo desde que o vira sair com Marietta, e desde então, não o havia visto chegar. Como se fosse cometer uma das maiores atrocidades, Thiago a olhou. O mais estranho era que Bárbara não se lembrava dele bebendo com tanta frequência algo que não fosse vinho, e a mesa de jantar.

— Bárbara, venha ao meu escritório.

Ela estagnou. Um medo surreal se apoderou de todo seu corpo. Algo muito parecido com o que sentiu quando esteve pela última vez no subsolo três.

Seus olhos foram rapidamente para a janela panorâmica que dava para onde ela acabara de estar. Thiago certamente viu o que aconteceu.

— Agora. — Sibilou ele com raiva.

Bárbara rezou para que não fosse o que estava pensando, mas seu coração apertou ainda mais quando Thiago olhou para além dela e ordenou:

— Gabriela, leva Júlia para o quarto e não saia até eu mandar.

O coração de Bárbara bateu desenfreadamente. Conhecia bem aquele Thiago a sua frente e sua intuição não lhe dava boas esperanças. Ela estava travada e congelada de medo. O mesmo medo que sentia quando foi arrastada pelos cabelos e torturada. Escutou Júlia, que chamava por ela a todo momento, subir as escadas com Gabriela. Thiago permanecia parado apenas a alguns passos, enquanto Bárbara ouvia apenas sua respiração desenfreada, lamentando não estar boa o bastante para poder correr.

Num só gole, viu Thiago tomar todo o líquido âmbar, e com devida força colocava o copo em cima do aparador, mas foi no momento seguinte quando percebeu que ele vinha com tudo em sua direção, que se assustou. Atrapalhada, Bárbara ainda tentou pular em um pé só na tentativa de voltar, mas a muleta acabou por atrapalhar seus planos. Ele a tomou pelos cabelos e aos tropeços a levou pelo longo caminho em direção ao escritório. Percebendo que o que mais temia estava novamente acontecendo, chorava e tropeçava inúmeras vezes, tentando acompanhar os passos largos do marido violento, mas falhava miseravelmente em fazê-lo.

Quase caíra com o rosto no chão ao ser largada de qualquer maneira dentro do escritório. As mãos doíam e os pulsos também, e somente as lágrimas silenciosas eram fruto da agonia premeditada que sentia. Sua mente dava voltas e voltas, mas ela só conseguia pensar no perigo que corria.

— O que eu falei sobre estar na companhia de outros homens?

Escorada na cadeira de visitas, escondia o rosto com os cabelos soltos. Sentiu medo quando ele se aproximou e sequer teve tempo de se proteger quando um tapa forte foi desferido em seu rosto a jogando de vez no chão.

Completamente a mercê das maldades daquele homem, Bárbara apertou os olhos rezando fortemente, repetindo a si mesma a todo momento que logo aquilo passaria e ela estaria de volta com a filha.

A Dama Sem Nome: Um Romance da Máfia- NOVA VERSÃO 2023Where stories live. Discover now