Capitulo 7

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No sábado seguinte, o gesso do braço e da perna foram removidos junto com os curativos da cirurgia plástica realizada

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No sábado seguinte, o gesso do braço e da perna foram removidos junto com os curativos da cirurgia plástica realizada. Seu rosto estava inchado, e ela recebia compressa de gelo em todo o rosto três vezes ao dia. No fim da tarde, Fiorella entrou trazendo uma mala grande de roupas.

— Esta mala é para você.

Bárbara olhou com curiosidade e abriu, deparando-se com uma gama infinita de roupas e produtos de beleza.

Ela pegou algumas coisas e olhou para cada uma delas, avaliando. Por fim, arrumou cuidadosamente sob a cama a roupa que escolheu para sair do hospital. Era um vestido simples, florido e bonito, de pano leve, em total contraste com as outras roupas caras que estavam ali.

— Vou ter alta? — Questionou. — Dr. Leonardo não disse nada até ontem.

— Sim, você vai ter alta. Já está tudo pronto. Aquela delicadeza de homem que é seu marido está esperando você. — Fiorella disse baixinho, com ironia, para que os homens que faziam a guarda na porta não ouvissem, e ambas riram. Bárbara, mais de apreensiva. — E ele não é muito paciente. Portanto, rápido!

Bárbara sentiu intimamente uma grande tristeza por deixar o hospital e ter de encarar seu trágico destino. Sentia medo pelo que estava por vir e de como sua vida terminaria.

— Ganhou peso, não? Isso é muito bom! — observou Fiorella. — Tem as curvas no lugar certo. Aposto que daqui uns meses estará bem melhor e mais bonita! — Encorajou-a.

Bárbara passou a mão pela cintura da saia do vestido, ajeitando, enquanto percebia que a magreza evidente a tinha abandonado.

— É. Parece que sim.

Terminando de calçar os sapatos, Bárbara foi para o espelho, pentear o cabelo.

— Ainda não, Bárbara. — Fiorella interferiu. — O couro cabeludo ainda não está cicatrizado inteiramente.

Olhou diretamente para o estado do cabelo e viu que estavam bastante maltratados. Não se alimentou bem nos últimos meses, e basicamente o cabelo vivia enrolado num coque. O cabelo estava abaixo dos seios e na lateral raspada, começavam a nascer.

Suspirando, guardou a escova e segurou uma nécessaire que havia encontrado abarrotada de maquiagens. Ela passou o batom, espalhou um pouquinho de blush nas faces, um pouco de rímel e ajeitou os cabelos com a mão, para cobrir o pedaço na lateral.

— Ainda bem que está crescendo de novo — disse, sorrindo para Fiorella no espelho — Estou parecendo àquelas mulheres alternativas, não?

— Você está uma beldade comparada com a aparência que tinha na noite em que chegou aqui. — Fiorella riu. — Feia nem é bem o termo. Você estava medonha!

Bárbara agiu como se o comentário a tivesse magoado e depois caíram na risada.

Examinou seu próprio reflexo e viu um rosto magro, quadrado, emoldurando dois grandes olhos esverdeados, muito intensos, debaixo das sobrancelhas escuras e arqueadas. Cílios fartos, curvados, dando à expressão um ar de inocência. As maçãs do rosto salientes, ainda pálidas, e um queixo firme e delicado. Toda sua aparência estava um pouco fora de ordem; o nariz estava com curativos da cirurgia e abaixo dos olhos havia algumas manchas roxas. Ela estava desalinhada, por assim dizer.

A Dama Sem Nome: Um Romance da Máfia- NOVA VERSÃO 2023Where stories live. Discover now