A dor da solidão

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A mesa de jantar estava posta para o rei e sua dama, foi exigido por ele que a tratassem com dignidade pois estavam diante de sua mãe de criação. Os pratos mais variados estavam diante deles, por mais que o jovem não se alimentasse sempre dos alimentos humanos, ele não podia deixar de provar cada delícia que ali estava.

-Quem estava responsável pelo castelo?

O rei disse ao seu conselheiro que estava em pé diante da mesa, os observando comer.

-Somos em 5, majestade. Ambos conselheiros e acompanhantes reais.

-E o povo? Como está a situação deles?

-Olha majestade, o caso está se alinhando mas muito lentamente.

-Você tem minha autorização para fazer o que deve ser feito, leve comida a eles e dinheiro. Não quero que passem fome, já basta o que passavam com meu pai.

-Irei cuidar disso, tomei iniciativa para uma plantação e assim eles tem trabalho e consequentemente alimentos.

-Muito bem.

-E quanto a sua coroação?

-Não há motivo para comemoração, dei-me a maldita coroa e a usarei. Não preciso dizer às pessoas que sou o novo rei, todos sabem.

-Sim majestade.

O conselheiro o reverenciou e saiu do local lhes dando espaço para se alimentarem em paz.

-Seja menos rude Jungkook.

-Sinto muito tia, não estamos mais na cabana.

(...)

O vento gélido com poucas neves agraciava o chão da modesta França, no relógio já passava das duas da manhã, tudo no castelo estava silencioso, todos estavam em seus sonos mais profundos.

Em sua cama imensa o rei Jeon se remexia sobre lençóis, sua garganta latejava indicando o quanto sua sede aumentava a cada badalar do relógio preso à parede. Ele se levantou e agarrou um roupão de seda preto a fim de cobrir seu corpo que vestia apenas uma cueca box da mesma cor. Andando pelos corredores do castelo o corpo do rei cambaleava indicando que ele iria para o chão rapidamente, já faziam 5 luas que ele não se alimentava seu corpo estava fraco e ele já não conseguia se manter próximo das pessoas sem querer rasgar suas gargantas e se alimentar delas.

Conforme seu corpo era praticamente empurrado contra as paredes e alguns quadros eram derrubados com sua imensa força que saia de controle a cada milésimo de segundo que seus pés tropeçavam uns nos outros.

Com muita dificuldade ele conseguiu chegar à porta de saída do castelo, por sua sorte a floresta estava próxima e sua fome logo cessaria.

Suas vestes foram abertas pelo vento cortante e a cada caminhar o tecido leve dançava em seu corpo mostrando o quão maleável eram.

Seus olhos estavam verdes como as árvores cheias de vida na primavera, e suas pupilas se dilatavam cada vez mais e mais. Vendo de longe uma leoa que protegia seu filhote de uma pantera negra que tentava os atacar.

A passos lentos ele se moveu até eles, deu um leve assobio o que fez com que a pantera se virasse em sua direção. Com suas imensas garras ela rugiu em sua direção, a leoa pegou seu filhote em sua boca e o levou dali.

A pantera pulou na direção do rei rasgando suas vestes e consequentemente seu peitoral, sua força era enorme o que o jogou no chão.
Ele segurava na boca da pantera tentando afastá-la de sua cabeça o que era o ponto onde a fera enorme queria atacar, a mudança em seus olhos aconteceu quando ele conseguiu derrubá-la no chão e grudar em seus pescoço rasgando suas vísceras jorrando sangue em seu rosto e então erguendo seus olhos para o céu recebendo flocos de gelo em seu rosto suas presas saíram e ele as pregou no animal chupando todo seu sangue e saciando sua fome, o rei se levantou sorrindo por estar satisfeito.

A Lua Sangrenta - O despertar - JikookWhere stories live. Discover now