Primeira dança

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Jungkook mantinha sua mão esticada aguardando que fosse pega pelo loiro, que ainda se mantinha sentado sobre a grama molhada.

– Por quê eu deveria ir com você? – Ele indagou ao rei

– Tem outro lugar para ir? Tem mais alguém fora seus pais, que lamentavelmente, estão em brasas nesse momento.

–Não senhor…

– Então me acompanhe.

A voz do rei continuava rude, sentia se ser afrontado mesmo sem haver tal afronta. Mas algo o cativou no garoto, seriam seus olhos que mesclavam entre o azul do oceano com o caramelo ou a aparência tão delicada que estava completamente ferida.

O jovem se levantou e começou a caminhar, acompanhando sua majestade fitando apenas o chão, o rei mantinha suas mãos para trás, dizendo ser alguém da alta.

Nenhuma só palavra foi trocada, ambos se sentiam incomodados, Jungkook pensava conhecer o garoto de algum lugar, mas não se recordava, as vezes poderiam ter se esbarrado por aí? Na vila talvez?

Impossível, ele se lembraria, visto ser um rapaz extremamente bonito e atrativo a quaisquer olhos.

O imenso portão se abriu, rangendo um som ensurdecedor de um longo apito rouco. Jungkook entrou e deu espaço para que o loiro passasse por si.

Era noite e estava frio, o castelo parecia uma masmorra abandonada. As flores mortas e as árvores por podar, o chafariz ainda com resquícios de sangue não jorrava mais águas cristalinas, o chão repleto de pedrinhas estava coberto de musgo e grama.

Os olhos azuis do rapaz corriam por todo o imenso castelo, parecia que o conde drácula ali se escondia. Não havia luz e nem ao menos cor, afinal quem habitava tais paredes, não era provido de vida.

Havia muito potencial no palácio, nada que uma boa limpeza não ajudasse, foi o que ele pensou.

As vestes do vampiro egocêntrico voavam ao seu redor, em nenhum momento ele se designou a perguntar como o garoto se sentia, nem quando uma lágrima brilhou em seu rosto pálido.

Ele se sentia mal, isso é verdade. Mas como reconhecer tais sentimentos se nunca antes, foram sentidos.

Conforme o jovem Park passava pelas flores elas se abriam recebendo sinais de vidas, Jungkook não havia percebido até sua audição se dar conta que o som de ranger vinha de um botão de rosa branca que desabrochava. Jimin não notava o quanto trazia vida por tudo que passava, atrás dele era como se uma luz se iluminasse a cada passo que dava em direção a entrada do palácio.

A porta foi aberta por uma senhora, Jungkook se assustou pois se lembra de ter matado todos os funcionários que ali moravam e já outros haviam fugido da morte iminente.

– O que faz aqui?

– Majestade… o senhor Yoongi me chamou para ajudar no palácio, posso lhe ser útil.

Ele passou por ela sem falar uma palavra, deixando o garoto para trás na companhia da senhora de meia idade.

Jungkook andou pelo lugar mas não encontrou ninguém, subiu alguns degraus mas novamente sozinho.

– Onde estão?. – Ele indagou a mulher.

Ela se aproximou lentamente e cruzou os braços atrás de si, raspou sua garganta para responder sua majestade.

– Eles saíram, disseram que retornariam pela manhã. Levaram o senhor Taehyung para descansar

– Ele melhorou então?

– Certamente.

– E a senhora? Morava perto daqui?

– Eu trabalho na casa do trisal Min, assim que retornaram para casa me pediram para ficar no palácio por um tempo.

A Lua Sangrenta - O despertar - JikookWhere stories live. Discover now