Park Jimin

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Era madrugada quando a loba Adillan sentia as contrações que seu bebê chegaria ao mundo, vindo de outra província ela fugia de um tirano abusador que a levou a gerar esse bebê.
Após conseguir escapar das correntes em que era mantida presa durante dias e noites, ela correu pela enorme floresta sem fim sentindo seu bebê dar sinais. Parada segurando com suas duas mãos em uma enorme árvore sua bolsa se rompeu molhando suas pernas e consequentemente formando uma pequena poça sobre o chão forrado de neve, ela passou a mão pelas sua colcha e olhou em seus dedos pode ver claramente que perdia sangue.

-Não, por favor… -ela implorava para que não perdesse a única coisa que tinha

Adillan mordeu seu próprio pulso na intenção de abafar seus gritos dolorosos pela contração de intervalos cada vez menores, torcendo para que seu perseguidor não a encontrasse, com outra mão ela amparava a criança que já nascia de si.
Seus gritos cada vez mais altos devido à dor, ela tentava se concentrar apenas em seu filho e no quão lindo ele deveria ser.

-AAAHH!!! -ela gritou e então olhou para a lua a pedindo forças para travar mais essa luta, seus olhos se tornaram azuis como o céu, e ela rosnava como se seus ossos se partisse em pedaços.

Seu filho nasceu, e então ela rasgou pedaços de suas vestes enrolando o bebê e o apertando em seu abraço.

-Eu sempre vou te proteger meu amor…

Ela dizia para o bebê de bochechas gordinhas e olhos pequenos que formavam uma meia lua, o aconchegando em seu colo ela ouviu longe latidos de cachorros, ele estava perto e a pegaria.

-Fique quietinho, sim?

A mamãe deixou seu bebê dentro de um tronco de árvore avantajado em meio às plantas e uivou para lua se transformando em uma loba de tamanho grande com pelagem branca.
Adillan passou sua enorme pata em frente ao tronco protegendo seu filho, e então o homem alto de olhar assustador com cães de caça a alcançou.

-Finalmente Adillan. -ele disse e ela rosnou mais alto indo em direção ao homem, lambendo seus enormes caninos. -Não faça isso ou eu matarei a criança!!

Adillan não pensou, ela apenas agiu pulando no homem e arrancando sua cabeça fora, os cães ao verem as cabeça de seu dono sobre a enorme boca da loba pularam em si a mordendo e então travaram uma luta, ela conseguiu matar também os cães e cambaleando exausta ela se virou para olhar o bebê, mas quando farejou outro inimigo um tiro de espingarda se ecoou e então a loba caiu, rolando penhasco a baixo.

Em seu subconsciente ela clamava ajuda para seu filho, a loba ferida caiu em um rio sendo levada pela correnteza. Mesmo nadando e lutando pela sua vida, foi impossível não ser puxada pela enorme cachoeira.

O bebê ficou sozinho escondido, e dormia serenamente apenas seus suspiros abafados eram ouvidos, ele parecia ter entendido a súplica de sua mãe em manter silêncio.

Após o dia amanhecer um choro foi ouvido por um casal que passava por ali colhendo cogumelos e plantas medicinais.

-Querida aquilo é um bebê?

-Sim é sim… O que ele faz aqui?

Eles pegaram o bebê para si o levando até sua casa humilde porém aquecida, lhe deram uma mamadeira cheia e o bebê dormiu a tarde toda naquele dia.

-Querida ele não é nosso filho, mas pode ajudar a salientar o que sente.

-Eu vou cuidar dele, mas ele nunca será o meu filho morto!

(...)

Dias se passaram e o pequeno bebê crescia, poucas palavras saiam de seus lábios para sua idade seu desenvolvimento era lento.
Ele observava seus pais fazendo coisas estranhas com animais mortos sobre a mesa de jantar com sua sobrancelha arqueada como se procurasse entender seus atos.

A Lua Sangrenta - O despertar - JikookWhere stories live. Discover now