Entre a mentira e desconfiança.

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A noite anterior decorreu com calmaria, Jimin fora uma boa companhia, ambos divertiram-se na presença um do outro, embora Jungkook não tirasse o medo do dia seguinte da cabeça. Park o distraiu até que adormecesse, desta vez, Jeon caiu no sono aos braços de Jimin, murmurou que estava confortável e alguns segundos depois dormiu. 

Quando Jungkook despertou, estava deitado sobre o peito de Jimin, este que dormia profundamente; a luz da aurora começou a esgueirar-se pela cortina entreaberta deixando o quarto com iluminação confortável para seus olhos. No entanto, ao sentar-se na cama, o peso da ansiedade consumiu seu corpo, estava tenso o suficiente para sentir náuseas. 

Com cautela, levantou-se da cama e seguiu rumo ao banheiro prestes a tomar um banho quente na tentativa de relaxar. Estava tão imerso sobre precisar esclarecer algo que omitiu desde que pegou o caso que não pensou sobre Park ficar sozinho e sem supervisão em sua casa, embora ele esteja quase no centro da cidade e em um condominio fechado. Será que confio em nele? A água quente bateu contra suas costas tornando a sensação aliviante e tirando-o de seus pensamentos. 

Ao sair do banho, Jungkook encontrava-se com a toalha amarrada na cintura e apenas isso. Jimin havia despertado e estava sentado na cama cobrindo seu corpo com a coberta devido ao frio, ele mirou seus lumes em Jeon, especificamente em seu peitoral descendo lentamente para a toalha. 

─ Uau, pode andar armado? ─ sorriu maliciosamente.

─ Você não perde uma ─ sorriu virando-se de costas. 

Jeon vestiu-se com peças de cores escuras, pegou um sobretudo para levar devido a manhã fria e, seguiu a caminho da cozinha após chamar Jimin para tomar café. 

─ Bem, eu não como pela manhã, mas aqui há algumas coisas que são fáceis de preparar ─ informou ─ preciso ir agora, volto as 18h e por favor, não saia, mantenha cortinas e portas fechadas, mantenha-se longe de vasculhas meu quarto, certo? ─ deu-lhe um selar. 

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A adrenalina após acelerar a moto pelas ruas pouco movimentadas fez com que seus pensamentos dissipassem deixando-o calmo, ao menos até chegar ao departamento. O suor de suas mãos o fez lembrar de que estava perto de relatar sobre seu passado, este que o faz culpado pelo caso Park Jimin existir. 

─ Bom dia, Sr. Min já chegou? ─ questionou na recepção. 

─ Sim, pode seguir para a sala dele, no momento não há ninguém em reunião. 

Murmurou um obrigado e subiu as escadas passando no seu escritório para deixar a maleta. Entrou calado sem perceber a presença de Hoseok e Taehyung, contudo, ao quase sair virou-se sentindo olhares e viu os dois pares de olhos curiosos o observarem. 

─ Bom dia para vocês. 

A cada passo que dava aproximava-se de um ciclo de mentiras e tentativas de engano, Jungkook não era inseguro, sabia demonstrar confiança a todo e qualquer momento, embora estivesse tremendo e sentindo uma pressão em sua cabeça. A tensão do risco de perder seu emprego circulava fortemente pelo seu corpo, o coração que antes bitia normalmente, agora bombeava rapidamente.

Deu três batidas na porta e girou a maçaneta, o detetive pôde ver Yoongi analisar dois papéis sobre a mesa, seu olhar estava fixo nas escritas, imaginou que tratava de uma copia das capturas de tela que lhe foram entregues.

─ Com licença ─ tirou Min de sua concentração enquanto sentava-se próxima a ele. 

— Bom dia, Sr. Jeon, imaginei que viria cedo e diretamente para minha sala, olhe como lhe conheço bem. — ironizou a respeito do assunto.

Prenda-me Se for Capaz.Onde as histórias ganham vida. Descobre agora