Destinos Traçados

Capítulo 4

 Rebeca

Como sempre, Gui pronto para me ajudar, já estava na frente da agência me esperando. Certo, ele não veio me salvar, veio correndo porque não aguentava de ansiedade pra saber como tinha sido meu dia com o novo chefe.

Como sou má, só conto quando chegamos em casa. 

- Rebeca Medeiros, você é louca? Como manda seu chefe gostosão ir à merda? - Sei que agi por impulso e isso vai ter graves consequências.

- Ele me irritou com aquela arrogância. Não resisti.

- Bom, se prepare pra procurar emprego, e reze pra ele não te demitir e sujar seu nome para outras empresas. - Não tinha pensado nisso. Acho que vou vomitar.

Ligamos pra pedir comida e, como sempre, pedimos o bom e velho sushi, assistimos novela e fomos dormir, ou pelo menos tentar.

Mal consigo pregar os olhos pensando na besteira que fiz, será que peguei realmente pesado?

Tudo que eu quero é me jogar em seus braços e ter outro sexo incrível com ele. 

 Acordo cedo, e tudo se inicia, a mesma rotina, só que sem meu carro...

Chego à empresa e mal tenho tempo de sentar, Lucas me chama.

É agora!

- Tenho esse projeto pra apresentar amanhã, preciso que você revise e organize tudo. Faça um relatório. - Ele vai me engolir viva, está uma fera.

 - Tudo bem! – Viro e sai da sala dele, sem falar mais nenhuma palavra.

 - Hoje ele chegou com a cara de poucos amigos! – Pablo avisa quando sento.

 - Problema dele! Pra quem sempre foi acostumada com a simpatia do Sr. Wilker, esse aí nem vai afetar. – Minto.

 Lucas me afeta, e como!

 - Você tenha cuidado! Controle a sua língua. - Pablo me alerta.

Olho para sua sala, e ele me dá a impressão que está tranquilo. Decido voltar ao meu trabalho, e não me distrair.  

 Bom... Pelo menos não fui demitida...

Ainda.

Lucas

Ah! Ela vai pagar pelo atrevimento. Vou me divertir muito.
Quando a chamo na sala vejo que está nervosa, mas não abaixa a cabeça.

Que mulher é essa? Faria de tudo pra entrar em sua vida, conhecê-la melhor...  

Ah! Esqueça o que eu acabei de falar!

Passo todos os comandos, ela obedece e segue pra sua mesa. Preocupo-me em ocupar todo o seu dia, para que ela não termine o relatório e nem consiga organizar tudo a tempo.

- Rebeca, hora do almoço! - Ela me ignora, mas logo abre  a boca.

- Não vou almoçar! Tenho que adiantar  meu trabalho. 

 O que? Nem pensar...

- Quero que você coma. De barriga vazia não vai conseguir produzir bem. - Ela faz uma carranca, mas logo cede. Ponto pra mim.

 O dia passa voando, como disse, ocupei Rebeca o dia todo. Coitada, mal teve tempo de fazer o relatório.

Era essa minha intenção, precisava dela aqui, comigo...