Capítulo 8

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 Capítulo pequeno, mas espero que gostem!

Lucas

 Os dias passam devagar e estou totalmente abalado com a morte do meu pai, não terei sangue de ir para a sala dele e começar como se nada tivesse acontecido.

Minha família precisa do meu apoio. Tenho que ficar ao lado das duas. Penso várias vezes em ligar para Rebeca, mas desisto. Tudo que queria era ser consolado por ela, não quero só o sexo, quero o carinho. Nessas horas penso em como seria bom se estivéssemos em um relacionamento comum. Minha irmã não me deixou esquecer Rebeca um só dia. Só falava sobre ela, que tinha achado linda, que já tinha visto pela agência, que gostou desde quando a viu pela primeira vez... Está feliz por ser ela, mas que lamenta o fato de que nosso relacionamento não seja sério.

Fecho-me em meu mundinho... Até que três semanas depois decido que é hora de trabalhar, nem sei se é mais pela responsabilidade, ou pela saudade que estou dela.

- Meu filho, seu pai iria querer que você trabalhasse por ele. E além do mais, quero que você fique bem.

 Como voltar na sala que era dele?

- Tudo bem mamãe, eu irei. E Amanda, como está? - Minha irmã já tem 27 anos, mas ainda é minha princesinha.

- Foi para o escritório, você sabe que ela é muito profissional. Está tão abalada quanto nós dois, mas ela tem que se distrair fazendo o que ela mais gosta. -Minha irmã é advogada, e muito dedicada à profissão. Sinto orgulho!

Sigo para o trabalho e penso em Rebeca, ansioso em encontrá-la. Quando chego ela está na porta do elevador.

- Bom dia! - Ela dá um pequeno sorriso.

- Bom dia, Lucas. - Ela está estranha, mas prefiro não puxar assunto. Nem sei por que me preocupo com ela, não somos nada um do outro.

O clima no elevador está tão pesado, ela realmente não quer papo comigo.
A porta se abre e cada um vai para seu lado...

Assim passam os dias, mal nos falamos só o necessário. Será que ela está dando o troco por ter sido frio com ela na semana que meu pai faleceu? Não foi por mal, mas sim por medo. Não queria me envolver demais com ela, por isso preferi me distanciar, mas está quase impossível controlar.

Na quarta ofereço carona e ela aceita.
Quando entramos no carro ela permanece calada e resolvo acabar com isso.

- O que aconteceu? Está chateada? - Ela se vira pra olhar para mim.

- Tenho motivos? - Isso foi uma ironia, posso apostar.

- Se fiz algo que não lhe agradou, tem que me dizer.

- Não fez nada, estou bem. - Olho para aquela boca e sinto necessidade dela.

- Senti sua falta esses dias. - Ela me encara.

- Você está melhor?  - Percebo que ela tenta desconversar.

- Estou levando. Você saiu com Pablo esses dias? – Ela fica séria.

- Mais uma vez insistindo no assunto? Ele me acompanhou no velório, somos amigos, e mesmo assim não vejo motivos para lhe dar explicações. – Tenho que me controlar.

- Me desculpe. Só precisei de você esses dias, e não soube como me aproximar. 

Ela se chega perto e me beija. Essa é a minha Rebeca!

Eu disse minha?

-  Me leve para casa. Se eu bem me lembro, você me ofereceu carona. – Faço beicinho e ela sorri.

- Se é assim que você quer... Vamos para casa! – Me olha boquiaberta..

- Eu disse que eu vou para casa, isso não foi um convite. – Doeu.

- Nossa! Eu nem me ofereci, mas isso doeu. – ela gargalha.

 Pego sua mão e beijo.

O caminho não é longo, e quando chegamos entro no estacionamento.

Destinos TraçadosWhere stories live. Discover now