Capítulo 03

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Sorrio enquanto Rafael me olha envergonhado e entra no quarto. Vejo-o entrar em meu território receoso e observar cada cantinho do lugar, desde a cama milimetricamente arrumada até a mala fechada num canto da parede.

— Que comecem os jogos. — Sussurro.

— O quê? — Ele me olha confuso.

— O que o quê?

— Disseste algo? — Ele me olha com expectativa e eu sorrio de maneira doce.

— Só pensei alto. Quer beber alguma coisa pra esquentar as entranhas? — Desconverso. Esperei tanto por esse encontro, ensaiei nossas conversas mil vezes em minha mente, mas agora não sei o que fazer.

— Claro! — Rafael se senta na poltrona. Pego a garrafa de Everclear Grain, coloco duas doses nos copos e entrego uma pra ele.

— O que é isto? — Questiona, desconfiado.

— Poção da juventude. — brinco. — Gambei! — Viro o copo na boca e bebo de uma vez, o líquido desce queimando a garganta. Estremeço e me arrepio, atraindo um lindo par de olhos azuis. Depois de esvaziar o copo, emborco-o na mesa fazendo barulho e sorrio enquanto ele me olha assustado.

— Quantos por cento têm de álcool?

— Você tem 28 anos, deixa de ser covarde! — Provoco, encho meu copo novamente.

— Tu és maluca.

— Sou. — Concordo. Ele bebe, faz uma careta e tem um ataque de tosse, quase morrendo, gargalho. — Molenga! — Cantarolo após sua crise de tosse.

— Quanto tem de álcool? — Insiste. Reviro os olhos.

— Menos de 100%, relaxa. — Bebo minha segunda dose e coloco mais pra ele, que bebe. Sorrio.

— Sabes que sou fraco para álcool.

— Sei. — Coloco mais pra ele.

— Estás a tentar embebedar-me? — Ele vira o copo na boca. Depois da primeira dose, beber algo forte se torna menos difícil.

— Talvez. — Entrelaço os dedos, colocando-os na frente do queixo, e o encaro.

— Espertinha.

— Sou. — Sorrio. — Vou tomar um banho rápido e já volto. — Pego a toalha e corro para o banheiro, tomando um banho rápido de cinco minutos. Quando volto para o quarto, meu amigo está dormindo.

Que fofo!

Ele tirou o casaco e o gorro por causa do aquecedor. Sorrio, deve estar cansado e o álcool contribuiu, mas não o deixou bêbado. Tiro a toalha e começo a procurar uma lingerie na mala, ouço ele se mexer na cama e finjo não perceber que está acordado olhando minha bunda. Me visto da maneira mais sensual possível, solto meus cabelos e vou pra cama. Tiro os tênis dele delicadamente enquanto ele finge dormir, depois as meias. Apesar de ser homem, Rafael não tem chulé, sorte a minha. Abro sua calça. Sua ereção já é perceptível. Sorrio e faço sinal para ele levantar o quadril. O português resmunga mas me obedece, tiro a calça e fico olhando a boxer preta que ele usa, com um dragão chinês branco em uma das pernas. Monto nele de modo que minha buceta fique sobre sua ereção. Ele geme. Começo a levantar o suéter preto que usa, enfiando a mão por debaixo dele e erguendo-o para facilitar meu trabalho. Ele não é pesado, mas também não é leve, tem um peso abaixo do recomendado para sua altura. Deixo o suéter enrolado acima dos mamilos, acariciando seu abdômen. Vejo que seus músculos se comprimem e sua pele se arrepia, passo a língua desde o umbigo até o meio dos mamilos em um movimento rápido. Rafael inverte as posições, prendendo meus pulsos com as mãos logo acima da minha cabeça.

Um encontro em Portugal (REPOSTADA)Where stories live. Discover now