𝐒𝐈𝐍𝐎𝐏𝐒𝐄:
❝ Henry e Rachael acabam se conhecendo em um evento e sentindo uma atração surreal um pelo outro. Essa atração os leva a terem uma única incrível noite de amor. E esse final de semana fica marcado para sempre na memória dos dois, mas...
"But I'm a sunflower, a little funny If I were a rose, maybe you'd pick me But I know you don't have a clue This sunflower's waiting for you Waiting for you"
Música: Sunflower • Shannon Purser
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┊ RACHAEL
O trajeto do aeroporto até o hotel levou cerca de 40 minutos e durante esse tempo me preocupei em não surtar com aquele homem ao meu lado. Vivia o momento mais surreal da minha vida — não podia evitar de olhá-lo discretamente de soslaio quando sabia que ele estava distraído olhando o movimento das ruas pela janela. Henry era mais bonito do que eu esperava, tudo que via em apenas fotos e vídeos parecia que tinha sido ampliado dez mil vezes o vendo pessoalmente. Nesse meio tempo fui tirada do meu transe quando ele começou a conversar comigo, perguntando sobre o meu trabalho — não costumava ser o centro das atenções e conversas, então acabei mudando a conversa algumas vezes jogando o foco para ele — gostava de ouvi-lo, sua voz grave penetrava no meu ser e deixava todas as minhas células em alerta. O fato era que precisava me controlar, mesmo sabendo que o dia seria repleto de ansiedade e nervosismo estando tão perto assim de Henry.
•••
Quando entramos no elevador o espaço é menor que o do carro, nos fazendo ficar mais próximos, o cheiro delicioso do seu perfume voltava a incendiar o ambiente e aquilo me enlouquecia. Henry está encostado na parede do elevador com os braços cruzados, e seus músculos capturam totalmente a minha atenção, subo meu olhar até seu peito, onde pequenos pelinhos escapam pela gola da sua camiseta. Então meus olhos ligam-se aos seus — fui pega, ele observava tudo — quase engasgo, sinto o ar pesar nos meus pulmões e minhas mãos suarem. Henry amarra minha atenção por alguns segundos com aqueles lindos olhos azuis, seu olhar é intenso demais para ser carregado por mim o mínimo de segundos que fosse.
Desvio minha atenção pra qualquer coisa interessante dentro daquele elevador, não tenho nenhuma noção de como reagir a essa troca de olhares. Mas afinal, porque ele também me observava? Começo a pensar que preciso de alguns instantes longe do Henry para conseguir colocar a cabeça em ordem, tenho que ser profissional neste momento, nem que eu me dê uns tabefes na cara. Para o meu alívio a porta do elevador se abre, indicando que chegamos no nosso andar. A pequena caminhada até o quarto é feita em silêncio, o que não dura muito tempo.
— Mr. Cavill — ele me olha e segundos depois sorri de canto.
— Henry, por favor, Rach. Não precisamos ser tão formais.
O que eu acabei de ouvir? Ele tinha me dado um apelido? Tentando absorver o que tinha acabado de ouvir, timidamente coloco um cacho atrás da orelha e sorrio.
