35: bem-vinda de volta, Melissa

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Eu sentia.

No meu corpo, na minha pele, em minhas veias, no meu sangue, no meu peito, em meu coração.

Eu sentia em todos os lugares.

Aquele sentimento quente, confortante, aconchegante.

Felicidade.

Eu estava feliz. Feliz como há muito tempo não me sentia. E o mais estranho de tudo era que eu não sabia o motivo.

O encontro da última noite havia sido mágico. Um desastre, claro... Mas perfeito. Pelo menos para dois imperfeitos como nós. Mas algo me dizia que o sorriso preguiçoso que não saía dos meus lábios não era por causa daquilo. Não... Era por algo mais. Algo que eu não me lembrava, mas sentia.

Rolei nos lençóis, sentindo o tecido fino acariciar o meu torso coberto apenas pela camisola... Nada de calcinha.

Suspeito.

Eu não me lembrava de ter me livrado da minha peça íntima. O que me fazia pensar em apenas um responsável por aquela gracinha.

— Bom dia – ele disse, como se tivesse sentindo que estava chamando pelo seu nome nos meus pensamentos.

Resmunguei algo que nem eu mesma entendi e continuei de olhos fechados, tentando me prender aquele sentimento, àquela sensação... Sensação de ter tido o melhor sonho da minha vida. Eu poderia não me lembrar dele, não poder reviver os instantes criados pela minha mente criativa, mas, droga, eu conseguia senti-lo.

— Isso foi um bom dia de volta? – riu da minha preguiça de respondê-lo, fazendo barulho na cama enquanto se ajeitava e me surpreendia com um beijo molhado na pele interna da minha coxa.

O que ele estava fazendo lá?

— Harry... – soprei em tom de aviso, apertando mais os olhos, como se isso fosse capaz de me fazer adormecer e voltar ao sonho misterioso responsável pela minha felicidade inexplicável.

— Hm, adoro quando você fala isso – disse dengoso, me acariciando com suavidade enquanto subia a minha camisola com seus dedos longos. Seus lábios se derretendo contra mim a todo momento.

— É o seu nome!

— Exatamente.

Quase ri da sua bobagem, mas o filho da mãe escolheu a melhor maneira de me calar. Quando puxei o ar para respondê-lo, Harry correu a língua descaradamente por minha virilha nua. Sem beijar, sem chupar. Apenas como se estivesse provando. Uma simples e lenta lambida, mas que foi o suficiente para me desestabilizar completamente.

Sim... Eu queria voltar ao sonho, mas também queria aquilo.

— O que está fazendo? – apertei o lençol de um jeito frustrado quando ele se negou a dar mais atenção àquela parte de mim, subindo os beijos por meu ventre.

— Dando bom dia. – respondeu com falsa ingenuidade. Ele sabia que aquilo me irritava. – Só pegando a minha dose de Mel para começar bem o dia.

Cafajeste.

A risadinha infame que ele deu em seguida deixou claro que ele sentiu qualquer fraca resistência abandonar o meu corpo após ouvir aquela frase. Mas eu não me importei. Apenas suspirei, apertei os olhos fechados, abri as pernas e o respondi.

— Faça o que quiser comigo, só não me acorde. – resmunguei, manhosa, me ajeitando entre os lençóis e sentindo o material envolver o meu corpo com uma doçura acolhedora, quase tão suave quanto as mãos largas e mornas que corriam por cada curva minha.

Fuck Me [HS]Where stories live. Discover now