Capítulo 12- Aquele com o Malfoy

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~Pov Hayley~

Estava há duas semanas em Hogwarts no meu novo trabalho. Tem sido muito empolgante mas ainda não havia conseguido voltar para casa nos fins de semana. O professor Slughorn não me deixava nem respirar direito. A maioria dos alunos gostava de mim então acredito que estava fazendo um bom trabalho. Ao final de uma aula, antes do jantar, encontro Draco e Neville no corredor.

- O que aconteceu com a sua cara Potterzinha? - Draco diz rindo.

- Ainda tem sujeira? Ai droga! Um aluno explodiu uma poção e sujou até o teto da sala. - respondo.

- Nem me fala. Ontem um desmaiou enquanto estávamos trocando as mandrágoras de vaso. Confesso que foi engraçado. - Neville conta, rindo.

- Um dos meus jogou a varinha sem querer no colega enquanto tentava fazer o movimento correto do feitiço. Tive que ir correndo com o coitado para a enfermaria. - Draco comenta.

- Gente, nós somos professores. Isso é tão estranho. Se sentem estranhos também? - pergunto, indignada.

- Com certeza. - eles respondem.

- Aliás, algum de vocês já conseguiu passar um fim de semana em casa? Porque eu não tenho um segundo de paz com o Slughorn no meu pé.

- Ainda não. Flitwick tá me deixando maluco. - Draco fala.

- Sprout também não tem piedade. Minha vó me manda cartas todos os dias perguntando quando vou visitá-la. - Neville completa.

°°Quebra de tempo°°

Uma semana depois estávamos nos preparando para finalmente ir para casa. Conseguimos uma folga dos intermináveis afazeres que os professores nos davam. Entrei no quarto do Draco para conversar, enquanto ele terminava de arrumar sua mala.

- Como se sente voltando pra casa depois de três semanas? - pergunto.

- Sinceramente, não tão feliz quanto você. Minha mãe tem estado um tanto alterada desde que meu pai foi preso. Voltar pra casa vai ser um pesadelo de quatro dias. - ele diz, triste.

- Então vem comigo. Vem pra minha casa. Vai ser legal. Podemos fazer várias coisas juntos. E todo mundo vai estar lá. - digo, animada.

- Ai Hayley, não sei. Entre uma casa com uma mãe maluca e uma casa com um bando de gente que me odeia, acho que prefiro a mãe maluca. - ele ri fraco.

- Eles não odeiam você. Não depois do que você e sua mãe fizeram por mim e pelo meu irmão. Eu acho que eles só precisam se acostumar com a ideia de que você não é mais aquela pessoa de antes da guerra. - falo, tentando confortá-lo.

- Isso é muito gentil da sua parte, mas acho que não vou.

- Tudo bem então, se é isso que você quer. Mas, se mudar de ideia, pode aparatar no meu quarto a hora que quiser.

Pouco depois de chegar em casa, fui para o meu quarto desfazer as malas e terminar algumas coisas que o Slughorn tinha deixado para eu fazer. Algumas horas se passaram e de repente, um estalo bem alto soou no meu ouvido.

- Que merda Draco! Quase me matou do coração! - eu falo quando vejo ele no meu quarto.

- Você disse que eu podia aparatar pra cá a hora que eu quisesse. - ele responde, sentando na minha cama. - Seu quarto é fofo, aliás. É cheiroso aqui. Igual você gatinha. - ele pisca e ri.

- Para de brincadeira Malfoy

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- Para de brincadeira Malfoy. O que fez você mudar de ideia?

- Minha mãe e eu brigamos. Não queria ficar nem mais um segundo naquela casa, olhando pra cara dela. Então decidi ficar aqui o final de semana, se estiver tudo bem pra você. - ele fala.

- É claro que tá tudo bem. Vamos descer pra comer alguma coisa e conversar com o Sirius pra ver onde você vai dormir. - digo, abrindo a porta.

Quando chegamos na cozinha, Sirius me olha com desconfiança, mas fala educadamente:

- Olá Draco. Tudo bem?

- Tudo sim Sirius... Sr. Black. - ele diz gaguejando. - Desculpa.

- Pode me chamar de Sirius, garoto. Sr. Black é muito formal pro meu gosto.

Faço um sinal com a cabeça para Sirius, indicando que quero conversar com ele em particular. Saímos da cozinha, deixando Draco com a Sra. Weasley.

- Ele pode ficar esse final de semana? Ele a mãe brigaram e precisamos descansar um pouco antes de voltarmos para Hogwarts na segunda. - pergunto, com minha carinha de cachorrinho abandonado. - Por favor, padrinho.

- Claro que ele pode ficar. Ele pode dormir no seu quarto. Em camas separadas mocinha! - ele exclama, voltando para a cozinha.

Quando eu volto, vejo a Sra. Weasley conversando com Draco:

- Querido, você precisa comer alguma coisa. Está tão magrinho e pálido. Tem de alimentado direito na escola?

Antes que ele pudesse falar qualquer coisa, eu digo rindo:

- Não se preocupa Sra. Weasley. Essa é a cor natural da pele dele.

Draco me olha com reprovação e eu dou um beijinho na bochecha dele, fazendo ele corar. Sra. Weasley nos traz comida e na primeira mordida Draco começa a falar , ainda com a boca cheia:

- Essa é a melhor torta de abóbora que eu já comi na minha vida. Obrigado Sra. Weasley.

Quem diria que Draco Malfoy um dia elogiaria um Weasley e ainda agradeceria. As coisas mudaram.

No início da noite, todos chegaram em casa. Ninguém sabia que eu estava em casa e muito menos que Draco estava comigo. Estava com medo da reação deles. Fui cumprimentar todos, que ficaram muito felizes com o meu retorno.

- Então gente, eu tenho uma surpresa pra vocês. - falo sorrindo.

- Me assusta quando ela fala isso. - Fred diz rindo, olhando para os outros.

- Antes de contar o que é eu quero que vocês me prometam que vão ser educados e agir como adultos. - eu continuo.

- Se preparem que ela vai soltar uma bomba em cima de nós. - George comenta, fazendo todos rirem.

- Muito engraçado George. - eu falo, dando uma risada falsa. - Então, o Draco vai passar o final de semana aqui.

Todos me olharam em choque. Então Draco desce as escadas e cumprimenta todo mundo. Todos ficaram um pouco sem graça, sem saber como agir. Houve uma época em que só ouvir o nome do Malfoy já fazia a boca deles espumar de ódio. Mas não era mais assim. Agora era só estranho pensar nele como parte do nosso grupo. Pouco depois, todos já haviam se recuperado do impacto da notícia e estavam conversando com ele sobre seu novo cargo em Hogwarts. Acho que nosso grupo estava aumentando. Ele podia ser um bom amigo quando queria e em breve todos perceberiam isso.

Mais que amigos - George WeasleyWhere stories live. Discover now