Mais que amigos - George Weasley

Capítulo 59- Aquele dos Problemas Paternos

°°Quebra de tempo°°

31 de julho de 2009

~Pov Hayley~

Harry e eu estávamos completando 29 anos e como todo ano, reunimos a família para comemorar, algo que estava ficando cada vez mais difícil, com tantas crianças em nossas vidas.

Teddy já tinha recebido sua carta de Hogwarts e estava muito ansioso e empolgado. Dora e Remus já tinham comprado tudo que ele precisava, mas prometi que o levaria ao Beco Diagonal para comprar algumas coisas extras, principalmente livros (que ele amava) e doces.

Por isso, depois da nossa festa de aniversário, ele voltou conosco para casa, pois ele passaria a noite lá, para sairmos logo cedo no dia seguinte. Arrumei o quarto de hóspedes no andar de baixo para ele, enquanto George dava banho nas gêmeas.

Depois de tudo arrumado, fui dar banho no Freddie enquanto Teddy também tomava o seu e vestia seu pijama. Desci com Freddie, que já estava dormindo no meu colo, para dar boa noite ao Teddy. Chegando lá, ele estava sentado na cama, mas parecia um pouco distraído.

- Tudo certo? Tá confortável? - pergunto a ele da porta.

Ele apenas acena positivamente com a cabeça, se deitando. Me aproximo e sento ao seu lado.

- Alguma coisa te preocupando? - arqueio a sobrancelha.

- Não quero ficar longe de casa. - ele responde triste. - Você não pode voltar a ser professora lá pra ficar comigo?

- Eu adoraria ficar o tempo todo com você, mas não posso, meu amor. - dou um sorriso consolador. - Mas prometo que vou mandar cartas toda semana e vou pedir para o seu tio mandar várias novidades da loja pra você testar. O que acha?

- Gostei da ideia. Mas não vai ser a mesma coisa.

- Eu sei que não, mas logo você vai fazer amigos e vai até esquecer de nós.

- E se eu não fizer amigos? E se não gostarem de mim? E se me acharem estranho por ser assim? - ele aponta para o cabelo azul e logo muda para sua cor natural, que é loiro escuro. - Acho melhor deixar assim.

- Teddy, quero que você me escute bem. Não mude absolutamente nada em você pra agradar ninguém. Você é incrível do seu jeito e se as pessoas forem maldosas ou se não quiserem ser suas amigas, o problema é delas. Mas eu garanto que você vai ter muitos amigos maravilhosos, porque você é maravilhoso. Apenas seja gentil com todos e vai ficar tudo bem.

- Você fez amigos rápido?

- No mesmo dia. Ainda dentro do trem.

- Foi quando você e o tio George se conheceram?

- Sim. - me acomodo ao lado dele, ainda com Freddie dormindo no meu colo. - O que me lembra de te dar mais um conselho. Se você se apaixonar por alguém, não tenha medo de expressar seus sentimentos.

- Por que tá falando disso agora? Eu só tenho 11 anos.

- Eu sei, querido. Mas guarde os conselhos da sua madrinha no seu coração e siga quando chegar a hora. - dou um sorriso. - Experiência própria.

Ele sorri para mim e chega mais perto, se aninhando e fechando os olhos. Começo a fazer carinho nos seus cabelos, que logo voltam a cor azul, que ele amava usar. Em poucos minutos, percebo que ele já estava dormindo, então me afasto lentamente para não acordá-lo, seguro Freddie mais firmemente e me levanto, fechando a porta vagarosamente.

Deixo Freddie em seu quarto e ele não acorda nem por um segundo, o que me alivia muito. Passo no quarto das gêmeas, que também já estavam dormindo profundamente, abraçadas em seus dinossauros de pelúcia, que o Freddie tinha dado antes de elas nascerem. Fechei a porta novamente em silêncio e fui para o quarto, me arrumar para dormir, já que no dia seguinte acordaria cedo.