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Point de vue de Lalisa Manoban.

Quando cheguei em Paris, eu corri para o hospital que estava hospedada e logo em seguida fui ver o meu avô, ele era o real motivo de eu estar aqui.

Faz alguns anos que não o vejo, mamãe escondeu por muito tempo em que asilo eu estava, eu sei que ela não tem paciência com ele, e que depois que vovó morreu ela ficou muito mal.

Eu sei que não foi por culpa dele, mas ele ainda é pai dela e meu avô, sei também que não foi certo o que mamãe fez, mas acidentes acontecem e com certeza se ele pudesse voltar no tempo ele nunca sairia aquele noite de carro com vovó.

-Bom dia, quem você está procurando?

A recepcionista perguntou e respirei fundo.

-Ravi Manoban.

-E por gentileza, poderia me dizer o que você é dele?

-Sou neta dele.

-Posso chegar seus documentos?

Ela perguntou e respirei fundo impaciente, eu só queria ver meu avô logo, eu sentia falta dele.
Peguei meu documento na bolsa e a entreguei, ela olhou algo em seu computador e logo pegou o celular.

-Mina, o senhor Ravi está acordado? Ele tem visita.

Sua feição era séria, ela desligou o celular e me olhou.

-Olha, ele está acordado, mas a mulher que costuma o acompanhar durante o dia não está presente hoje, por ser sua folga, ele costuma ficar agitados com visitas, tudo bem, se quiser vê-lo mas tenha paciência ou volte na segunda.

A recepcionista me disse e pensei por alguns instantes, eu queria ver o meu avô, queria poder abraçá-lo e dizer que senti sua falta.

Só descobri recentemente que mamãe o havia colocado aqui, não moro mais na Tailândia, estou morando atualmente em Los Angeles e estava um pouco desatualizada dos últimos acontecimentos.

-Eu ainda quero o ver hoje, nem que seja de longe.

Ela assentiu e logo uma mulher se aproximou me guiando até onde ele estava, vovô estava sentado em um banco jogando dama sozinho, acho que ele gostava de solidão, seu olhar era perdido, ele sentia falta de algo.

-Ele sempre fica assim quando não está na presença de Kim.

Uma mulher disse ao meu lado, ela era bonita mas aquele não era o assunto, continuei observando vovô de longe e me aproximei dele me sentando na cadeira vazia a sua frente.

-Será que posso jogar com o senhor?

Perguntei e logo ele olhou para o meu rosto, ele derrubou todas as peças do jogo no chão e negou com a cabeça se levantando.

-Vai embora daqui, Lalisa.

Ele disse e aquilo doeu, eu não tinha culpa do que havia acontecido, eu nem sabia que ele estava aqui.

-Vovô.. por favor, eu vim ver o senhor.

-Não volte aqui nunca mais Lalisa, eu não tenho família e muito menos quero que sua mãe a mande apenas para verificar se ainda estou vivo!

Suas palavras me feriram, vovô tinha um ego gigantesco, mas ainda era um doce por dentro, eu sentia isso.

-Se acalme, senhor Manoban.

A mulher se aproximou de meu avô mas ele se afastou dela um pouco atordoado.

-Vovô, não pode me tratar assim.

À Paris. - JenlisaWhere stories live. Discover now