{...}Puxei a coberta quando senti o vento do ar condicionado, não dormia com ele ligado no quente, muito pelo contrário, a noite foi danada de quente, então achei melhor deixar ele no frio.
Passei a mão do meu lado e não senti Lalisa ali, pisquei alguma vezes e me sentei na cama coçando os meus olhos, segurei a coberta para continuar cobrindo o meu corpo e percebi que as coisas dela já não estavam mais ali, porém ela havia deixado um bilhete.
Engatinhei até o bilhete que estava no criado mudo e o abri.
"Desculpe não estar aí quando você estiver acordando, meu avô ficou mal e tiveram que levar ele para o hospital."
-Merda.
Sai da cama correndo e fui tomar banho, liguei o chuveiro e não esperei que a água esquentasse, como assim o Ravi ficou mal e não me avisaram?
Tomei banho rápido, resmunguei por não ter notado que havia molhado meu cabelo também, o penteei e deixei que ele secasse naturalmente, peguei uma jaqueta e um short, estava quente lá fora, peguei minha chave e meu celular e liguei a tela vendo que recebi milhares de ligações do hospital.
Por um momento eu esqueci que eu tinha deixado o celular no silencioso ontem à noite, disquei o número do hospital e sem muita demora atenderam, coloquei no viva voz enquanto colocava meus sapatos.
-Qual o estado de Ravi?
-Até que enfim, Jennie!
-Estou sem tempo para sermões, qual hospital vocês o levaram?
-A filha dela mandou o levar para o hospital particular..
Eu sabia bem onde era esse hospital, não esperei ela terminar de falar e sai de casa, meu peito doía, eu não vou me perdoar se algo acontecer com ele, tranquei a casa e entrei em meu carro.
Não me importo se eu devo ter tomado 5 multas por estar com a velocidade elevada, eu precisava chegar naquele hospital rápido.
...
-Jennie, você pode vim aqui um minuto?
Era a dona do asilo, andei até ela e ela tocou o meu ombro.
-O caso piorou, o que era mais alguns dias, se tornaram menos de 24 horas, ele pediu para falar com você em particular e com o advogado.
-Qual o número do quarto dele?
Tentei soar calma, mas minhas mãos suavam muito.
-Eu te levo até lá, eu sei o quanto ele é especial pra você e quanto você também é especial a ele, por um momento eu acreditei que você fosse neta dele, a forma que você cuidou dele todos esses anos foi linda, você realmente nasceu para essa profissão.
Regina levou uma de suas mãos até minhas costas e fez movimentos circulares com a mão para me manter calma.
-Acordamos no meio da madrugada e ele estava caído no chão do quarto inconsciente, tentei perguntar a ele o que havia acontecido e ele disse que só contaria a você.
Chegamos no final do corredor, e paramos na frente do quarto, Lalisa estava lá dentro, seu rosto estava inchado, acredito que havia chorado desde que chegou aqui, meu coração se partiu em mil pedaços por vê-la assim.
-Boa sorte.
Abri a porta do quarto mas a atenção de Lalisa ainda estava em seu avô, ela estava com a cabeça apoiada em seu colo e eu podia ouvi-la soluçar, Ravi estava com a mão em seus cabelo e quando me viu sorriu.
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À Paris. - Jenlisa
RomanceJennie uma mulher de 26 anos, mora em Paris e é geriatra, se vê em um verdadeiro penhasco depois de se apaixonar loucamente pela neta de um dos senhores que ela cuidava. Ela nunca achou que aquele sentimento poderia ser correspondido por alguém tão...