À Paris. - Jenlisa

Maman.

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Seus lábios eram macios, sua língua explorava todos os cantos de minha boca, sua mão estava em meu rosto na intenção de não me deixar afastar, quando a falta de ar se fez presente e a encarei e ela tirou a mão do meu rosto.

Xinguei aos céus por aquela maldita falta de ar, Lisa tinha um beijo surreal de bom, ela sabia bem o que estava fazendo.

-Jennie, vamos?

Escutei a voz de Rosé atrás de mim e logo a olhei e assenti com a cabeça.

-Você já tem que ir?

-Sim, está ficando tarde e eu trabalho cedo.

-Podemos nos ver de novo?

Assenti com a cabeça e ela me estendeu seu telefone, anotei o meu número e o entreguei de volta pra ela.

-Quando vamos nos ver de novo?

-É só você me ligar e marcar, com certeza vou estar disponível.

Iria me afastar mas ela segurou minha mão e me puxou para perto novamente e me beijou, mas foi um beijo rápido, eu sentia carinho nele, suas mãos deixavam um carinho em minha cintura enquanto minhas mãos estavam descansando em seu pescoço.

Ela beijou minha mão antes de eu me afastar e andei até Rosé, ela estava me olhando com um sorriso malicioso.

-Vocês duas são lindas juntas, já que você é quase uma colecionadora, deveria ter levado a Lisa pra cama.

Ela disse e aquilo me fez rir, andamos em direção ao carro e pensei sobre isso, Lisa não era um tipo de mulher que aceitaria fácil isso, ela é o oposto, Lisa é um amor, ela é carinhosa e sabe respeitar uma mulher, então ela também merece o meu respeito.

Então, não eu não a levaria pra cama, eu estou pensando muito em a ver novamente, mas uma parte de mim diz que isso é um erro, que não é certo, minha intuição diz que eu vou me machucar futuramente.

Para de noia, Jennie.

Disse para mim mentalmente, o caminho de volta pra casa foi calmo, eu e as meninas conversávamos sobre as coisas mais aleatórias do mundo, mas o que me deixou pensativa foi quando Jisoo falou:

-Eu gosto muito da Lisa, mas ela é uma viajante, ela não consegue manter relacionamentos porque gosta do trabalho e sempre está muito ocupada.

Desci do carro me despedindo das meninas e fui para casa, minha intuição não estava errada, entrei dentro de casa e a tranquei. Andei até o meu quarto e só percebi agora que ainda estava com o casaco dela.

Ele tem um cheirinho bom, não é tão forte, ele é suave mais também dá um ar de mulher forte e independente. Nossos cheiros estavam misturados e não ficou nada enjoativo.

-Jennie, Jennie, o que você está fazendo da sua vida?

Perguntei para mim mesma, retirei seu caso e logo em seguida o frio me invadiu novamente, troquei minha roupa e fui dormir, o dia tinha sido cheio.

[...]

Deixei meu cabelo solto e coloquei um vestido branco que ia até o joelho e uma bota preta, peguei meu celular, minha chave, e por último minha bolsa e sai de casa.

-Não imaginava que saia tão cedo de casa, filha.

Era minha mãe, revirei meus olhos e tranquei minha casa, passei por ela e ela segurou meu braço me impedindo de andar.

-O que você quer?

-Isso são modos de falar com sua mãe?

Ela perguntou grosseira, se eu tivesse medo dela como uma criança com certeza nesse momento eu teria pedido 100 desculpas.

-Quando ela não tem a classe de me respeitar, sim, agora me solta.

Não iria bater na minha mãe, mas eu queria que ela me soltasse pra mim sair dali.

-Jennie Ruby Jane Kim!

Ela falou o meu nome completo e puxei meu braço me soltando, corri até o meu carro e fechei a porta a travando.

-Abre essa porta, agora!

Liguei o carro e acelerei saindo dali, não tinha i hábito de fugir da minha mãe, mas naquele momento foi necessário, ela não respeita minhas decisões, ela não respeita quem eu sou!

Coloquei uma música pra me distrai durante o caminho para me distrair daqueles pensamentos desnecessários.

Minha visão começou a embaçar, eu odiava a vontade imensa que eu tinha de chorar sempre que mamãe agia daquela forma, eu odiava ser fraca nesse quesito, puxei o freio assim que vi que quase passaria por cima de uma mulher.

Sai do carro e fui verificar se ela estava bem.

-Você tá bem? Me desculpa sério, eu não queria fazer isso!

-Tá tudo bem, só me ajuda a levantar.

A mulher disse mas eu conhecia aquela voz, ajudei ela se levantar e verifiquei se ela não tinha ralado nenhuma parte do corpo. Lalisa usava uma calça jeans, um tênis, um boné e uma blusa mais curta que deixava bem exposto sua barriguinha.

Que tipo de dieta que essa garota faz?

-Não deve correr tanto assim.

Ela disse e assenti com a cabeça, uma vergonha imensa me atingiu quando me lembrei do que aconteceu ontem.

Escutei os carros buzinarem atrás de mim e entendi que tinha que sair dali.

-Tá indo ver o seu avô?

-Sim, mas eu ia passar em um lugar antes.

Olhei as horas no meu relógio de pulso e bati na minha testa, estava atrasada.

-Consegue ir andando?

-Sim..

A interrompi e entrei dentro do carro, abri a porta do meu lado e fiz sinal que ela entrasse.

-Eu te levo lá, é o mínimo.

Ela entrou e colocou o cinto.

-Onde você iria mesmo?

-Outro dia passo lá!

Ela afirmou e neguei com a cabeça e segui para a casa de idosos, era 5 minutos dali então não demorou muito no meu ponto de vista, é claro que eu corri um pouquinho pois estava me sentindo constrangida.

Lalisa se manteve quieta, ela até abria a boca pra falar algumas coisas mas sua voz não saia.

Estacionei o carro e fui logo me trocar.

-Eu sei que estou atrasada.

Disse colocando meu jaleco.

-Não iria falar isso, eu ia dizer que a neta do Ravi disse que tomaria café com ele aqui do lado hoje, mas como não estava aqui ontem eu esqueci total de te avisar!

Mina disse enquanto caminhávamos pelo corredor, coloquei meu crachá e entramos na sala de jantar onde todos tomavam café menos Ravi.

-E quem está acompanhando os dois?

-Alice!

Ela disse olhando na ficha e assenti com a cabeça, desde que comecei a trabalhar aqui essa mulher pegou uma raiva surreal de mim, quando comecei a cuidar de Ravi ela sempre tentava se intrometer, eu não entendo.

-Mas ela queria que fosse você.

Revirei os olhos com o comentário de Mina e fui ajudar alguns pacientes.

[...]

Continua..
Não tá revisada, mas tá aqui pra vcs.
Desculpa o sumiço.