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Ares

Passo pelo portão da casa do Coutinho, a música tava alta e se misturava com os outros ritmos espalhados pela favela, já era praticamente fim do carnaval no Rio de Janeiro . Já na cozinha percebo Henrique quebrando no passinho, diferente de mim ele era mais brincalhão, mas só era na personalidade que a gente mudava por que de aparência era praticamente a mesma fita.

De longe olho o Coutinho descer a escada, com a camisa do Botafogo no ombro e o pescoço brilhando pelas correntes de ouros. Esse corno tava comemorando  o comando de uma parte  da Rocinha.

Decidir dividir o comando da Rocinha, era grande demais pra eu ficar comandando, e não é por que eu não dou conta, mas é por que eu tô planejando uma parada sinistra que merece minha concentração total.

Deixei com Coutinho  seis sub-barrios com a ajuda do Nico também por que é macaco velho na parada.

O resto eu ia comandar com a pareceria de Amon. V2 e Rouf iam ficar como os gerentes gerais.

Puxei uma cadeira e acendi um fino só vendo o quintal da casa do Coutinho lotar. Passo o olho pelo local observando Nicole chegar ao lado do filho e da prima, Rayssa. Voltei o meu olhar pra piscina, queria passar despercebido pela mina que eu tenho um rolo a. Mas só querer é fácil.

Rayssa: Oi Ares— parou na minha frente com a mão na cintura.

Rayssa era gostosinha, branquinha do cabelo moreno liso que batia na bunda e com algumas tatuagens que eu já decorei de tanto que olhei ela nua.

— Qual foi?— encarei ela que puxou uma cadeira pra sentar na minha frente.

Rayssa: Qual foi? Qual foi digo eu, tem tempo que não brota no PPG. Me deixou lá pô.

— Cheio de b.o pra comandar Rayssa, mas qualquer dia eu passo pelo teu barraco.

Rayssa: Acho bom por que senão eu que vou ter que vim pra cá.

— Rocinha não nega turista não pô. Chega aí quando quiser.— levantei da cadeira indo pra cozinha pegar uma Budweiser. Encontrando a pretinha de papo com meu irmão.

Ela tava na frente dele enquanto ele se encostava no balcão.

Ele quer surfar na maré que eu já mergulhei pô. Ela me olhou e ficou meu desconfortável, só fiz contenção e fui pra rua que já tava lotada. Papo de cinco minutos a pretinha apareceu do meu lado mexendo no celular e eu pude olhar ela ligando pro pai dela e depois pra algum moto-taxi.

— Se quiser eu te deixo lá na entrada pô— ela me olhou piscando suavemente.

Thalita: Precisa não.

— Quê isso cara, vai ser nada, aliás já tô metendo o pé.

Thalita: Então tá.— peguei meu chaveiro destrancando o Civic.

Liguei pra Salsicha mandando ele fazer a contenção e entrei no carro com ela.

Coutinho morava na Vila Verde, uma parte que ficava no alto da Rocinha, então até chegar na barreira ia demorar.

Os únicos sons que era escutado dentro do carro era a música do Poze e a unha dela batendo na tela do celular.

— Veio cedo por que?— olhei no fundo dos olhos dela

Thalita: Eu tenho trabalho pra fazer, um álbum de noivado sabe, hoje vai ser jantar de noivado.

— Tu trabalha com essas paradas de fotos?— ela assentiu deixando o celular de mão.— faz foto minha? Sou gostoso demais pra não ter registro— apoiei minha mão direita na sua coxa grossa, sentindo os pelos loiros se arrepiarem.

Thalita: Faço sim, é só me falar o dia.— alisei sua coxa fazendo a respiração dela falhar, era essa sensação que eu queria. Minha vontade era rasgar esse vestidinho curto dela e fuder ela aqui nesse carro até que ela pedisse cada vez mais.

Subi um pouco o vestido dela passando dois dedo na sua calcinha de renda branca que marcava a buceta dela. Ela afunda minha mão na buceta e se esfrega nela.

LANCE BANDIDO Onde as histórias ganham vida. Descobre agora