LANCE BANDIDO

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Thalita

De longe, meu olhar capturar o do meu ex que se esfregava na minha cara com sua nova namorada, enquanto me olhava com aquele sorriso de puto dele, aquele sorriso que eu amava demais. Sinto como se tivesse colocado um arame em minha garganta, me sentindo totalmente abalada.

Isa: Quê isso cara, larga esse encosto de mão. - passa a mão pela barriga tirando o glitter e pra passar pro meu braço- é carnaval caralho- grita me oferecendo um whisky com energético, viro em dois goles, Isabelle da um grito e puxa o ficante Premium dela pra um beijo.

Amon: Moleque mó tilt e tu chorando por ele- tenta me animar - te liga caralho, te orienta nessa porra, tu é dahora pra sofrer por aquele branco azedo, desnutrido de gostosura- olho mais uma vez pro Murilo, que agora beijava intensamente a namorada, perco um pouco a postura, dobro meu lábio inferior com vontade de chorar.- mano, curte o carnaval com um cara aí, esquece os problemas em casa um pouco e vai viver. Mas sempre na postura- passa o olhar ao redor do ambiente.

Amon, era quase o namorado da minha prima e melhor amiga, e também filho da minha madrasta. Era envolvido até os dentes de ouro dele, e sempre ficava na contenção nos bloquinhos, já que não podia dá bobeira mas fazia isso por Isa.

Isa pega minha mão balançando o meu braço tentando me levar pra dançar, dou um sorrisinho e ela entende aquilo como sim pro carnaval que até agora tava me retraindo. Ta ok começa a tocar em um paredão na nossa frente e foi um incentivo que eu precisava pra começar a fazer a coreografia do Tik Tok. Um homem que passou por aí me dá um olhar de predador, ele era alto, mais de 1.80, musculoso e coberto de tatuagem, é sério, tinha umas três tatuagens só na cara. A que me chama atenção é da lágrima, duas lágrimas, uma preenchida e outra apenas com um contorno. Envolvido.

Ele gesticula com o dedo pra eu ir até ele, olho pro meu lado e Amon e Isabele se pegava de forma assustadora, penso e vou até o seu encontro. Ele logo passa o braço forte pelo meu pescoço depositando um beijo na minha bochecha.

- Qual o seu nome gatinha?- fala com uma voz gostosa bem no meu ouvidinho.

- Aline- minto, meu pai sempre me ensinou em não dá abertura pra ninguém, e eu tô ligado que o homem na minha frente não é boa peça.- e o seu?

Flávio: Flávio pô- segura o meu queixo entre os dedos me analisando e pedindo permissão pra um beijo. Faço meu melhor olhar de quero-pau e ele logo gruda sua boca na minha, a sensação era muito boa, ele beijava bem além da pegada maravilhosa. Fico curtindo com ele por um tempo, até ver a Isabele vindo na minha direção e me puxando.

- Qual foi ?- me sinto nervosa, eu sempre me sentia assim nessas situações, minha cabeça voava pra mil e uma possibilidades, todas com um final triste.

Isa: Vinícius, um policial tá rondando ele- grita nervosa enquanto empurra um grupo de mulheres que dançavam um brega funk que tocava, quando Amon olha ela já vai puxando a mesma, ouvimos xingamentos a maneira que pisamos em pés, mas nem ligamos. Olho pra trás e percebo o policial vindo atrás da gente

Amon: Não era pra essa porra ter acontecido- fala quando entramos no carro da minha madrasta, pelo vidro traseiro observo o policial também entrar em um carro, Vinícius pisa no acelerador fazendo eu perder de vista o policial.

- Tô vendo ele mais não.- falo enquanto rou minhas unhas que por um milagre está sem acrigel.

Depois de uma hora chegamos na Rocinha, nosso lar. Desde sempre eu morei aqui, meus pais se conheciam desde pequenos casaram e tiveram dois filhos, hoje, felizmente não estão mais juntos.

Thalita Almeida; 17 anos

Ares:28 anos