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Thalita

Nico: Não- meu sorriso se fecha e Niara encara meu pai- nem adianta me olhar com essa cara aí não Ni, já falei que não vou mandar filha minha pro exterior.

Niara: Marcos, tu sabe o quão doida sua filha é por moda, artes, é o sonho dela.

Nico: Realiza o sonho perto de mim - bufo e me jogo na cadeira da cozinha- bufa não pretinha, é proteção.

Niara: Proteção de quê? Ninguém vai seguir ela até em Londres só pra matar ela. A menina foi aceita em uma universidade de Londres, Londres - fala com o tom alto - são apenas quatro anos.

Nico: Já falei e eu sou homem de uma parada só, não é não.

Niara: Marcos, ela vai sim e pronto, vem com essa não, nem que eu vá junto com ela - o olhar de possessão atravessa a cara do meu pai - e não vamos mais discutir isso- bate o pé e me puxa pra fora da cadeira me abraçando- Thalita é uma mulher calma, um amor de pessoa, ela merece isso, vai se dá super bem, estudou na melhor escola do Rio de Janeiro, fala inglês fluentemente e se vira no espanhol, você Marcus - toca no peitoral dele com o dedo indicador- tem uma filha de ouro e não sabe como dá valor.

Papai suspira, passa sua mão pelo cachos e logo em seguida suspira mais uma vez, soltando alguns palavrões, ele puxa nós duas para um abraço e automaticamente soube que ele aceitou, eu finalmente iria pra Londres.

Saio do abraço correndo para o meu quarto, mando mensagem no grupo do whatsapp que tenho com minhas amigas.

Em menos de três minutos o grupo se movimenta de forma rápida, com mensagens de parabéns.

Isabelle, claro já queria fazer um churrasco, mesmo eu começando as aulas apenas em Junho. Ela queria um churrasco de aprovação agora e outro de despedida. Dou risada com o áudio que recebo do filho da Kethelyn, a voz fofa falando " parabéns titia"

Olho o meu relógio de parede e percebo que pelo horário minha mãe não tá em casa, decido ir lá e pegar várias coisas minhas e trazer logo pra cá.

Desço o escadão, e entro na casa ouvindo apenas o silêncio que me trazia conforto, tiro a minha maior mala de cima do guarda roupa e começo a organizar tudo, coloco meus documentos em uma pasta amarelo e ajeito na mala, as rodinhas da mala fazem barulho na medida em que desço os degraus, aquele barulho ainda me agoniava mesmo sendo o único que eu escutava dentro da casa vazia.

Na porta da minha casa vejo um carro preto passando, a janela abaixa e aos poucos vejo o motorista.

Ares: Quer uma carona ?—  assinto e vou carregando minha mala até o carro, deixo a mesma na parte de trás e vou pro banco de passageiro na frente— tá de mudança pretinha?

— Sim— falo sem olhar na cara dele, minha íris capturava só a favela, vejo Isa e Amon em uma lanchonete amassando dois cachorros quente na dona Ivone, mais na frente três meninas brincava de amarelinha. O carro freia bruscamente fazendo meu corpo ir pra frente em um grande impacto com o porta luva.Observo o motivo se assustar e sair correndo, pro lado direito indo se encostar em outro canto.— não mata cachorrinho?

Ares: Não mato gente que não mereça morrer — fala de forma bruta e seca.— casa do teu pai né?— muda de assunto e eu apenas assinto.

Depois de longos minutos silenciosos, Ares me deixa na casa do meu pai.

•°•°•

Vcs gostam de livros sobre realeza? Eu fiz um e sinceramente eu tô amando.
Sera se eu posto?

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⏰ Última atualização: Apr 16 ⏰

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