LANCE BANDIDO

17

Ares

Thalita dormia nos meus braços de forma calma depois de ter levado uma grande surra de pau.

Meu celular apita e vejo pela tela uma mensagem de Nico me convocando pra casa dele.

Depositei beijos no rosto da pretinha até ela acordar com um sorriso no rosto, provavelmente lembrando a madrugada. Minha mão esquerda massageia sua nádega redonda e durinha. Essa mulher era feito por deuses.

— Minha pretinha, a gente tem que ir. Foi bom mas já tá tarde— Thalita passa os braços pelo meu pescoço me puxando para um beijo lento. Ela resmunga quando eu me afasto e levanto da cama.

Carrego ela até o banheiro, banhando nós dois, sinto sua mão passear pelo meu pau a busca de mais. Dou um puxada forte no seu cabelo levando sua cabeça pra trás.

— Pretinha, eu tô tentando me controlar não me atiça se tu não quer sair em uma cadeira de rodas daqui— com a minha outra mão dou um tapa na testa da sua buceta para reforçar o meu aviso.

Levo o meu autocontrole a sério até o fim do banho, ela senta no finzinho da cama emburrada como uma criança assim que saímos do banheiro.

— Ah, fica assim não, sempre vai ter mais, só que agora eu tenho trabalho pra fazer morô.  Sempre vai tá brotando no meu barraco pra gente fazer aquele sexo gostosinho— me sento do lado dela puxando a mesma pro meu colo.

Thalita: É que eu tô no período fértil— faz biquinho e eu aproveito e mordisco— todo segundo penso em sexo, estou depravada— uma risada rouca me escapa— não rir, é algo sério, vinte horas estou pensando em sexo e nas quatros que resta estou pensando em fuder.

— Vou te deixar em casa pra tu relaxar e de noite a gente sai.

Assim fizemos, desci da moto  junto com ela e já me deparei com Amon, Nico e Criolo— que comanda parte do Complexo do Alemão—.

Thalita só passa por eles sem dar um abraço no pai. Ele ficou olhando pra ela com um olhar mortal.

Amon e Criolo conversava com o papagaio de Amon.

— Depois a gente bate um papo sobre isso aí— bato no ombro dele e Nico apenas me confirma com a cabeça.

Geralmente eu não iria fazer isso, já sou homem grande e nem namoro com a nega, mas tô ligado que Thalita é princesa de papai. Mas tô mais ligado que eu só vou enrolar Nico e a gente nunca vai conversar.

Nico: Bora entrar lá pra dentro, quero conversar uma parada com vocês.— o groot, papagaio do Amon saí repetindo "vocês" até sentarmos no sofá.

Esse papagaio é chato igual o dono, puta que pariu.

Nico:  Vou logo dar o papo reto,  aconteceu uma parada no Complexo— olho pro Criolo que até agora não tinha trocado uma palavra comigo— teu irmão, Henrique tá aprontando pra lá —aponta pra mim— passa o papo reto Criolo.

Criolo: Seguinte, Henrique tava no baile no camarote comigo embrazando com os manos, quando começou a usar droga pra porra— fico meu pá com a situação, Henrique sempre foi doido mas nunca de usar droga— até aí tudo bem né, tava entrando dinheiro pro meu bolso e muito, ele comprava maconha, lança e pó e ainda distribua pra crecos do baile. Mas teve uma hora que ele saiu com uma nega, de boa tá curtindo o baile. O problema foi quando um vapor meu encontrou essa nega chorando com marca pelos corpos com as tetas pra fora— eu já sabia o que eu ia ouvir.— ela falou que Henrique queria comer ela de qualquer forma mesmo ela querendo ficar só nos beijos, ele insistiu e ela deixou claro que não queria fuder com ele, aí tu já sabe né agrediu ela.

— Cadê esse filho da puta?— minha voz rouca saiu carregada de ódio. Henrique foi criado com as leis da favela e sabe o que acontece com quem faz isso.

Criolo: Rapa, ninguém sabe só um outro cria meu que viu ele descer voado em uma moto vermelha, uma Twister— agora vi que o diabo é muleque mesmo.— vim te avisar meu parceiro, vocês são tudo irmão, tenho consideração pelo teu pai, mas quando eu achar teu irmão é melhor ele preferir que o próprio diabo leve ele.

— Tá certinho irmão, Henrique sabe como essa parada funciona, vou da só um toque no coroa, deixar ele avisado das cagadas que o filho dele tá aprontando— fiz toque com Criolo— valeu aí, vou ver se acho ele.