Capítulo 17

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JENNIE

Comecei a pensar que Lisa não voltaria, pois fazia horas que ela havia saído. Enquanto isso, depois do fim do programa e sem todo aquele estresse, consegui relaxar e até me diverti um pouco.

Mas estaria mentindo se dissesse que não olhava para a porta de tempos em tempos. Metade dos convidados tinha ido embora, e mais alguns se preparavam para ir. Fui ao
banheiro e decidi que logo me despediria também.

Quando saí, porém, Lisa estava sentada junto da ilha da cozinha tomando uma cerveja.

— Ah, voltou. Pensei que tivesse mudado de ideia.

Ela olhou para minhas pernas antes de me encarar.

— De jeito nenhum.

Senti aquele frio na barriga. Ultimamente, essa sensação fazia parte de cumprimentar essa mulher.

— Já que eu ia buscar Minji, minha ex-mulher achou que podia aproveitar para ir à massagista também. Deve ter sido uma semana dura fazendo nada.

Sorri.

— Ela não trabalha?

Ela fez que não.

— Esquece essa coisa de convidar para sair. Acho que vou pedir você em casamento. Você deve ser uma boa ex esposa.

— Bem-vinda de volta. — Ela riu.

Franzi a testa, e ela explicou:

— Você tem estado estressada. Pelo jeito, isso fez seu lado engraçadinho desaparecer por um tempo.

— Ah. É, eu estava estressada.

— Está melhor agora, depois da estreia?

— Sim. — Apertei a nuca. — Mas também estou precisando de massagem.

Ela moveu os dedos.

— Posso ajudar. Sou bem eficiente com os dedos.

— Aposto que sim — falei, sorrindo.

— Vamos continuar comemorando?

Eu estava agitada, não queria nem pensar em ir para casa.

— Em que está pensando?

— Vamos beber alguma coisa? Tem um bar no quarteirão de baixo.

Mordi o lábio.

— Hum… Está me convidando para sair? Tipo um encontro?

— Não. Só quero levar uma colega para celebrar.

— Vou pensar.

— Vai pensar? — Ela estranhou.

— Vou.

Ela parecia meio contrariada, mas deu de ombros. Quando estendeu a mão para pegar a cerveja, bati no ombro dela.

— Já pensei.

— E?

— Vamos comemorar mais um pouco.

* * *

— Ainda não acredito que vendemos cinquenta mil caixas de Signature Scent em menos de uma hora. — Balancei a
cabeça. — Há um mês, eu duvidava que alguém encomendasse uma caixa.

— Tivemos sorte — disse Lisa.

— Não. Não foi sorte. Sorte seria se algo caísse do céu. Você trabalhou e fez isso acontecer.

— Isso não aconteceria sem um bom produto.

Dei um gole no vinho.

— Sabe, não esperava tanta humildade de você.

A Cinderela - Jenlisa (G!P)Where stories live. Discover now