Capítulo 20

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LALISA

Na manhã seguinte, apareci no quarto de Jennie às sete e meia. Ela abriu enrolada na toalha.

- Oi. Chegou cedo.

Meus olhos desceram e subiram por toda aquela pele exposta e sedosa. Balancei a cabeça.

- Acho que cheguei na hora perfeita.

Ela riu, e juro que o som era melhor que a imagem, que já era espetacular. Ela recuou um passo.

- O pessoal de cabelo e maquiagem chega às oito; tomei banho mais tarde para o cabelo ainda estar úmido.

Pisar naquela suíte daquela vez era completamente diferente do que foi no dia anterior. Por exemplo, agora eu podia fazer isto: no momento em que a porta se fechou, eu a abracei e a beijei. Na noite anterior, adormeci pensando no sabor dessa boca e acordei faminta. O gemido que quase
acabou comigo na véspera reverberou de novo, passou dos lábios dela para os meus e desceu direto até meu pau.

Cacete.

Ela provavelmente não me faria parar se eu tirasse a toalha que a cobria, e isso tornaria tudo pior. Se um beijo já era capaz me atiçar dessa forma, apenas vê-la nua não seria
suficiente. Por isso encerrei o beijo. Jennie passou dois dedos pelos lábios.

- Acho que nunca tinha sacado o que acontece na cabeça de outra pessoa só com um beijo.

- Como assim?

- Seus beijos são muito reveladores. Por um selinho ou pelo que acabou de acontecer, sei o que passa em sua cabeça assim que nossas bocas se encontram.

- Ah, é? Em que estou pensando agora?

- Queria tirar minha toalha, mas sabia que não era uma boa ideia, porque as pessoas vão chegar a qualquer momento.

Levantei as sobrancelhas.

- Como você sabe?

Ela balançou a cabeça.

- Não sei. Mas senti.

- Parece perigoso... para mim.

Ela sorriu e ajustou o canto que mantinha a toalha presa.

- É melhor eu me vestir antes que alguém apareça aqui.

Por mais que eu odiasse a ideia de aquele corpo ser coberto, não queria dividir a visão desse momento com ninguém, principalmente com aquele fotógrafo folgado.

- Vai lá.

Ela se afastou, mas gritou da porta do quarto:

- Lis?

- Sim?

Ela deixou a toalha cair no chão.
Eu gemi. O dia ia ser longo. Antes dela terminar de se vestir, alguém bateu. -
eu tinha quase certeza de que havia sido esse o nome que ele resmungou ao se apresentar - era stylist. Ele entrou empurrando a mala de rodinhas e olhou em volta, tentando
decidir onde se instalar.

Um minuto depois, a maquiadora chegou, depois foram três caras com a mobília alugada, o serviço de quarto, um técnico de iluminação e um sujeito aleatório cujo sotaque era tão forte que eu não entendi o que ele disse que fazia. Todos se aproximaram de Jennie assim que ela saiu do banheiro. Depois de quarenta e cinco minutos cercada de cuidados, ela parecia um pouco atordoada. Então, fiz um prato com
frutas e um croissant e deixei na frente dela.

- Já comeu?

Ela balançou a cabeça.

Olhei para o cabeleireiro que tinha acabado de enrolar o cabelo dela e para os dois caras que a cercavam, um de cada lado.

A Cinderela - Jenlisa (G!P)Where stories live. Discover now