2/ se quiser

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                       Ana Flávia NARRANDO

EU QUERO DORMIR-gritei e peguei o travesseiro enfiando no meu rosto-

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EU QUERO DORMIR-gritei e peguei o travesseiro enfiando no meu rosto-

Os meninos estão há meia hora gritando e cantando do lado de fora como se não tivessem nada melhor pra fazer e eu só queria dormir em paz.

eu odeio esses garotos -levantei irritada e sai do quarto DA PRA VOCÊS PARAREM?

Gritei chamando a atenção deles que me olharam de boca aberta, o Gustavo deu um tapa em cada um que automaticamente se ligaram que estavam me encarando.

- que foi?-perguntei e o Gustavo apontou pro meu corpo e desci o olhar pro mesmo vendo que eu estava só de calcinha e sutiã - vocês parecem uns virgens que nunca viram ninguém de calcinha e sutiã revirei os olhos

Peguei uma camisa no sofá, vesti e fui pro banheiro, escovei os dentes, lavei o rosto e fui pra cozinha tomar café.

- Ana -o Gustavo entrou na cozinha e me olhou

-que foi?-murmurei-

- tá chateada comigo? -sentou do meu lado-

- por que eu queria te dar e você não quis me comer? claro que não -neguei com a cabeça - eu to bem de boa, acho que eu tava alucinando ontem

-pô, eu não quero que fique um clima ruim entre a gente

- já entendi Gustavo, agora cala a boca porque você sabe que eu odeio falar de manhä

-ta bom - beijou minha testa e sorri - te amo

-também te amo ursinho.

Ele saiu da cozinha e suspirei jogando a cabeça pra trás, não quero estragar minha amizade com o Gustavo mas eu quero ficar com ele, como conciliar as duas coisas?

- Aninha -o Luan me chamou e o olhei.

Ele tem a mania horrível de me chamar de Aninha por causa do Raphael

-oi

-terminel de editar o video do Gu, quer ver?

-aharam

Ele se sentou do meu lado, botou o macbook na nossa frente e deu play no video.

- ficou muito bom-sorri- olha isso, nem parece que foi gravado de um celular

-os melhores fotógrafos de São Paulo.

Ele estendeu a mão e dei um toque sorrindo em seguida.

-posso te fazer uma pergunta?

- claro

- se eu não fosse praticamente sua irmă, você ficaria comigo? -ele franziu a testa-

- aonde você quer chegar com essa pergunta?

- lugar nenhum, é que sei lá - dei de ombros -

- nos três com certeza pegariamos você, com todo respeito tu é gostosa pra caramba

- eu não quero vocês três ri

- você quer o Gustavo, eu sei

-que? -arregalei os olhos-

- eu reparei como você olha pra ele nas últimas semanas

- a - ri - tu sabe que eu sempre achei o Gu gato, acho que ficar trancada com ele só transpareceu meu fogo no cu-ele gargalhou-

-se você insistir mais ele rende

- o que você sabe que eu não sei?

-sei de nada não levantou e pegou o macbook-

-Matheus-semicerrei os olhos e ele riu-

- bom dia gata-saiu andando e bufei-

Levantei, limpei as coisas que sujei, peguei a jbl, conectei no meu celular, botei uma musica e aproveitei pra começar a fazer o almoço.

                            Gustavo NARRANDO

Dei um tapinha nas costas do Huff que estava produzindo um beat novo e entrei em casa indo até a cozinha encontrando a Ana Flávia olhando pro nada

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Dei um tapinha nas costas do Huff que estava produzindo um beat novo e entrei em casa indo até a cozinha encontrando a Ana Flávia olhando pro nada.

- tá tudo bem aí? - ri -

- tá

- tá fazendo o que?

- ia fazer o almoço mas não faço a mínima ideia do que fazer - ri fraco -

- strogonoff pô, mo tempão que a gente não come

- é, pode ser -me olhou me ajuda?

- claro, quer que corte o frango?

- uhurum

- blz

Peguei o frango no congelador, botei no microondas pra descongelar e olhei a Ana que ia começar a preparar o arroz.

Eu sou amarradão desde que a gente se conheceu, ela é uma mulher foda e muito gente boa, apesar de achar ela uma puta de uma gostosa não podia perder nossa amizade por tesão.

Tirei o frango do microondas, botei encima da tábua e comecei a cortar em tubinhos e acabei cortando meu dedo.

- porra - resmunguei -

- que foi? -a Ana me olhou e mostrei meu dedo que escorria um pouquinho de sangue -

- depois eu que sou a lerda, deixa eu ver

Ela pegou minha mão e olhou meu dedo.

- obrigado enfermeira - ri -

- cala a boca - riu e botou meu dedo em baixo da água- você vai sobreviver

- ainda bem -fiz cara de deboche e ela apertou meu dedo com força - caralho Ana Flávia

- debocha mais

- Filha da mãe, tá sangrando de novo

- porra - ela pegou minha mão novamente, segurou meu dedo e botou na boca chupando devagar, engoli em seco sentindo um bagulho estranho e desviei meu olhar do seu - pronto - soltou minha mão e sorriu -

- obrigado

- de nada - sorriu - se você quiser que eu chupe outra coisa

Ela piscou e voltou a fazer o arroz e engoli em seco.

O vírus não pode me matar porque conviver com a Lívia me provocando já acabou comigo.

Quarentena - MIOTELA  ✓Where stories live. Discover now