( Me diz quando essa quarentena acaba...)
Após passar um tempo de quarentena com seus 3 colegas de trabalho,a atração de Ana Flávia por um deles vem a tona.
Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.
Passei a mão no rosto secando as lágrimas e olhei novamente pra mensagem no meu celular, era pra confirmar minha presença na clínica amanhã, mas eu to há 10 minutos encarando ela sem coragem.
Flashback on:
- Mãe - puxei o vestido da minha mãe e ela me olhou
- Que foi Ana? Não tá vendo que eu to ocupada? - me olhou - Tá com essa cara de choro por quê?
- Ele tentou de novo - ela revirou os olhos
- Tentou porque você é uma sem noção que não se respeita, olha o tipo de roupa que você veste. Eu tenho nojo de você Ana Flávia.
Flashback off.
Peguei meu celular, confirmei com o médico e me levantei do chão entrando em casa.
Os meninos que estavam jogados no sofá continuaram como estavam. Eles estavam há dias me ignorando, só o Luan falava comigo.
Passei por eles e me apoiei no sofá sentindo uma tontura e o huff me olhou assustado.
- Cê tá bem?
- To - suspirei
- Tem certeza?
- Tenho
Passei na cozinha, peguei minha garrafinha de água e fui pro meu quarto sentindo o olhar do Gustavo encima de mim.
Ele não aguentava olhar na minha cara e eu não o julgo, deve tá doendo pra caralho nele.
Esses dias eu peguei ele chorando e quase passou na minha cabeça a ideia de desistir do aborto, mas não ia abrir mão disso por causa do Gustavo.
(...)
-Mamãe
Segui a voz da pequena que me olhava com os olhões brilhando e sorri reparando seus traços iguais aos do pai.
9 meses carregando, 9 meses passando mal, senti a dor insuportável do parto pra ela nascer cagada e cuspida o Gustavo.
- Oi meu amor - abaixei e peguei ela nos braços
- Olha o que o papai fez - estendeu as mãozinhas e ri vendo suas unhas todas borradas de esmalte - Tá feio
- Tá não meu amor
- Tá sim mamãe - fez bico
- Por que você não falou pra ele? - ri indo até o Gu que estava todo esparramado no sofá
- Não queria deixar ele tristi
- Amor - olhei o Gustavo
- Oi vida
- Que isso aqui? - segurei a mão da Aurora mostrando pra ele que riu
- Pô, ficou lindão, né não meu amor? - olhou a Aurora
-Eu gosto quando você penteia meu bebelo - falou manhosa e sorri olhando eles dois
- Ah, então deixa papai pentear ele agora?
- Agora? - segurou um cabelo do Gustavo
- É
- Vai botar laixinho?
- É lacinho, meu amor - corrigi
- Laixinho? - me olhou
- Lacinho
- Laixinho? - ri fraco
- É - desisti de tentar fazer ela falar certo - Vou fazer o almoço
- Mamãe?
- Oi princesa - olhei seu rosto
- Ti amo - sorriu abertamente.
Abri os olhos assustada e sentei na cama secando meu rosto que estava molhado pelas lágrimas.
Levei a mão até minha barriga que não tinha nenhum volume e senti meu coração apertar.
