7/ veremos

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                         Ana Flávia NARRANDO

Rolei na cama mais uma vez e bufei em seguida vendo que não encontrava uma posição confortável pra ficar

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Rolei na cama mais uma vez e bufei em seguida vendo que não encontrava uma posição confortável pra ficar.

- que bunda gostosa hein

Virei o rosto vendo o Gustavo parado na porta me observando, desci o olhar até seu abdômen, umideci os lábios e subi pro seu rosto que tinha o semblante sério de sempre.

Olhei minha bunda que estava coberta apenas pela calcinha de renda e ri fraco voltando a olhar o Gustavo.

- eu sei - ele riu - o que você quer? - perguntei baixo -

- os moleques foram dormir e não tem nada pra fazer - se aproximou - vim ver se tu tava acordada

- você sabe que eu não durmo fácil

- é

- vem assistir filme comigo - ele fechou a porta e se deitou do meu lado -

- que filme é esse?

- sei lá, tava passando os canais e parei nesse

Passei uma perna por cima do Gustavo e ficamos em silêncio prestando atenção no filme que até que era legal.

- eles vão se pegar? - ele perguntou surpreso me fazendo rir -

- acho que sim

- eles são melhores amigos, mano

- e daí? - ri - ajuda a fortalecer a amizade, só você que não acha isso?

- eu prezo pela nossa amizade

Olhei seu rosto, mas ele estava olhando minha bunda.

- meu rosto é aqui em cima

- tua bunda é chamativa pô

- virei vagalume? - ele riu -

- otaria

- mas olha - suspirei - nossa amizade não vai acabar só porque você vai enfiar seu pau em mim

- Ana - me repreendeu - desde quando você é escrachada assim?

- não sei - cocei a cabeça -  efeitos da quarentena

- nunca vi você falando assim - riu fraco -

- soou feio né? - ele assentiu - nossa amizade não vai acabar se você enfiar seu órgão genital em mim, tá bom agora? - ele riu -

- otaria! tá perdendo o filme

- o sexo do filme né - olhei a tv -

Começou uma cena de sexo explícito no filme e só de pensar que poderia ser eu e o homem deitado ao meu lado me subiu um fogo inexplicável.

Senti o Gustavo se aproximar e roçar os lábios no meu ouvido me deixando completamente arrepiada.

- é só você pedir - apertou minha coxa por dentro bem perto da minha virilha - que eu acabo com o que você tá sentindo entre as pernas

Engoli em seco, em outro momento eu abriria as pernas e mandaria ele me comer, mas não ia fazer isso.

- vai sonhando - tirei sua mão da minha coxa e ele me encarou -

- por que agora você tá fugindo?

- porque agora você que vai implorar pra ficar comigo - sorri fofa -

- isso é uma aposta?

- leve como quiser - mordi o lábio -

- você não vai querer jogar esse jogo comigo, Ana Flávia

- e por que não? - levantei a sobrancelha e ele sorriu -

Sua mão veio até minha nuca e subiu até os fios do meu cabelo puxando com um pouco de força enquanto ele aproximava os lábios do meu ouvido novamente.

- porque nesse jogo, eu sou o melhor - sussurou -

A voz rouca dele, num sussurro foi o suficiente pra se formar uma cachoeira entre minhas pernas.

Passei minhas unhas lentamente pelo seu abdômen e parei na barra da sua cueca preta da Calvin Klein.

- você sabe que não vai conseguir resistir - passei minha mão lentamente pelo seu membro que pulsou na minha mão

- você e esse teu ego - riu -

- já prepara seu bolso pra me dar meu prêmio

- e o que seria?

- uma câmera nova - olhei seus lábios e ele estalou a língua no céu da boca -

eu quero massagem nas costas até o final do ano

- fechado - estendi minha mão -

- fechado - ele pegou minha mão e sorri -

- se prepara pra perder

- é o que veremos

Eu poderia simplesmente ceder, já que massagem é uma coisa idiota, mas meu ego nunca permitiria que ele ganhasse.

Quarentena - MIOTELA  ✓Where stories live. Discover now