Capítulo 25

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...

Me levanto com certa dificuldade com o livro, e ele repete o meu movimento, pegando o livro da minha mão e colocando no lugar.

Pisco para ele rindo.

Ele olha para mim e depois para o livro na estante e sorri negando com a cabeça.

Nós ficamos mais algum tempo na biblioteca, nenhum de nós queria que esse momento acabasse.

Ele me mostra os seus preferidos e até mesmo me oferece alguns emprestado quando chegarmos na mansão.

Saímos da biblioteca e fico feliz por ter me divertido com ele.

No corredor, ouvimos tocar uma música de piano doce. Peter vira a cabeça em direção a música na hora.

Ele me chama com a mão e andamos até a sala de música.

A porta está aberta e vejo lá dentro a garota da aula do professor Jones.

Me lembro perfeitamente que quando o Peter saiu irritado da aula do professor Jones, só eu e ela notamos que ele saiu.

Seus dedos deslizam pelas teclas pretas e brancas com agilidade.

O Peter fica encarando ela, não imagino o que esteja passando por sua cabeça, mas ele está olhando para ela com uma certa intensidade.

Ele parece hipnotizado pelo piano. É verdade que ela toca bem, e sua beleza loira é fascinante.

- Essa música... O que é? Há algo familiar nela...

A menina se assusta e para de tocar imediatamente. Ela não responde, parecendo surpresa.

As bochechas dela ficam vermelhas e ela sorri para ele. Faço uma careta.

- É uma melódia do pianista Nightmareden...Eu adoro.

O Peter sorri para ela, parece reconhecer a fonte da peça.

A loira também sorri não tirando os olhos dele, me ignorando abertamente.

- Meu nome é Dorothy, sou nova aqui, eu toco piano, se quiser podemos estudar juntos...

Eu reviro os olhos. Como se já não bastasse a Samantha.

- Meu nome é...

- Peter!- ela completa deixando ele surpreso, mas ele logo sorri.

- Bom...podemos sim estudar juntos, por que não? Pode ser legar.

- Eu venho aqui praticar todas as tardes... Você pode aparecer aqui e podemos tocar juntos.

Continue assim, como se eu não estivesse aqui.

- Eu virei, é raro eu ter a oportunidade de tocar com alguém. Obrigado pela proposta.

Mesmo sua voz sendo fria e distante como quase todas as vezes, não consigo não ficar irritada com a situação.

Demorou semanas para ele poder concordar em passar um tempo comigo e agora aparece ela e consegue na hora? Realmente muito legal.

Fico enjoada e saio da sala. Não é como se minha presença tivesse importância.

Assim que fecho a porta e começo a andar sinto a mão de Peter em meu ombro.

- Onde você vai?

Eu me viro rapidamente com a irritação estampada em meu rosto, mas que logo desaparece quando seus olhos encontram os meus.

- Eu não sei você, mas não gosto de ficar em um lugar que me deixam excluída.

No começo ele parece surpreso, mas logo depois ele ergue uma sombrancelha e sorri.

- Você é ciumenta?

- O que...?

Fico surpresa. Seu sorriso é malicioso e fico mais relaxada em ver ele feliz. Mesmo que sua pergunta me deixe desconfortável.

- Claro que não!

Cruzo meus braços na altura de meu peito e sinto minhas bochechas queimando.

Viro e começo a andar novamente sem saber para onde eu vou.

Novamente ele me alcança e começa a andar de costas na minha frente.

Mais uma vez um sorriso vitorioso aparece nos seus lábios. Acho fofo e irritante.

- Peter olha para a frente, pelo amor de Deus, isso é irritante!

- Eu sou um vampiro, sinto tudo que eu não consigo ver. Não vou bater em nada e ainda posso ver sua carinha brava cheia de ciúmes.

Paro de andar na hora. Ele vai mesmo ficar me irritando?

- Peter Bartholy, eu não te conheci assim!

Falo fingindo irritação e ele ri.

- Culpa sua. Vem, vamos para casa juntos, ouvi dizer que os monstros vagam pela cidade a noite.

- Você tá muito brincalhão hoje...

- Aproveita.

Olho para que que agora está do meu lado e sorrindo, não consigo de deixar de sorrir também.

Eu estou começando a gostar do Peter cada vez mais e isso é muito estranho!

Is it love? PeterOnde as histórias ganham vida. Descobre agora