Capítulo 57

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Postei hoje. Ouvi um amém, irmãos? KKKKKK

Boa leitura

...

Uma vez do lado de fora eu respiro fundo. Ele me deixa confusa.

- Você não vai andando até lá, vai?

- É exatamente o que eu planejei fazer.

- Você está assumindo riscos desnecessários. Vou te levar até lá.

Não consigo acreditar. Ele só pode ser louco.

- Sempre andei sozinha, nunca precisei da sua ajuda antes, então eu posso ir sem você, obrigada.

Eu saio dali e o deixo para trás.

Começo a andar e não deixo de admirar o céu estrelado. Estranhamente me sinto segura.

Logo chego na casa de Sarah e como de costume, ela está entusiasmada.

A Sarah escolheu alguns filmes de comédia romântica e pegou muita comida.

Já estávamos no segundo filme e eu já comi doce para a semana inteira.

Estamos jogadas na cama e eu me sinto um pouco tonta, bebi algumas cervejas.

Pelo menos não estou pensando no Peter.

- Você está bem, Laura? O que quer fazer agora?

- O que você quiser, Sarah. Não tenho a mínima ideia.

Ela se aproxima e aperta seu dedo no meu braço.

- Seus músculos estão tensos! Por que você está tensa?

Eu deveria contar do beijo? Eu confio nela de olhos fechados e preciso contar esse meu segredo para alguém.

- Eu... eu não sei como contar isso... O Peter... me beijou.

Ela arregala os olhos surpresa.

- Ele...ok.

Eu pensei que ela fosse querer detalhes, mas não, ela se afasta.

Ela olha para mim por um momento, sem dizer uma palavra, então cora e morde o lábio. O que ela está pensando?

- Que tal uma massagem? Eu sou expert! Isso pode te ajudar a esquecer... suas preocupações por um momento.

Eu não esperava isso. Uma massagem?

- Hum...

- Você vai gostar, eu sou muito boa no que faço.

- Ah, imagino que sim...mas quem sabe outra hora...que tal a gente brincar de karaokê?

Foi a única coisa que me veio à mente... A Sarah faz uma careta com a ideia.

- Karaokê? Não, deita ai.

Ela me joga e eu fico sem opção.

- Você é muito boa em massagens, Sarah

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- Você é muito boa em massagens, Sarah. Aliás, tem alguma coisa que você não sabe fazer?

Ela me puxa e nós duas caímos na cama olhando para o teto.

- Eu me sinto inspirada no momento.

Eu me viro para ela. Eu sou a fonte da sua inspiração?

- Eu te inspiro, é isso?

- Posso dizer que sim...

Eu prendo minha respiração. Eu já pensei até uma vez, mas será mesmo que a Sarah tem sentimentos por mim?

A Sarah percebe meu incomodo. Ela pega meu rosto em suas mãos, seus dedos acariciando minha bochecha.

- Você está sempre duvidando de si mesma, Laura... Você não percebeu como é o centro das atenções para muitas pessoas por aqui?

Na verdade, nunca notei tal coisa.

- O que há de tão especial em mim? Não faz sentido...

A Sarah suspira como se estivesse irritada. Eu sou tão cega assim?

- Você tem um coração gigante, você faz a vida valer a pena para os outros, mesmo tento problemas você da a eles gosto pela vida. Seu passado difícil não a impediu de se tornar uma grande mulher. Você é especial em todos os sentidos.

Eu nunca fui elogiada assim, e isso me faz sentir um pouco desconfortável.

Eu me sinto corando e então olho para longe. A Sarah tira a mão, provavelmente um pouco desapontada pela minha reação.

- Não tem necessidade de se sentir desconfortável, Laura, estou apenas dizendo o que penso, não significa nada...

- Sarah...você...

Eu não posso perguntar exatamente o que ela sente por mim. Ao passo que se ela só me vir como amiga, eu vou parecer uma idiota.

Não quero parecer uma paranóica, mas o comportamento da Sarah é um pouco estranho comigo.

- An...acho melhor a gente dormir.

- Já? Nem virou o dia ainda, Laura. Podemos sair, o que acha?

- Sair? Para onde?

- Uma festa.

- Não acho uma boa ideia...

Ela faz cara feia e se levanta.

- Nós vamos.

Dito e feito. Agora, depois de uma hora, cá estou eu em uma festa barulhenta e cheia de jovens.

Uma banda de rock toca uma música até que boa. A Sarah sorri animada.

Não consigo deixar de pensar no show de rock que eu fui com o Peter, foi tão especial aquele dia.

Percebo que eu estou olhando para o vazio há muito tempo. Eu olho para a Sarah. Ela parece com raiva. Claro Laura, você está com ela e pensando em outra pessoa.

- Desculpe, minha mente estava em outro lugar, eu prometo que agora eu sou toda sua!

Percebo o que eu digo e acabo corando. Ela sorri e se aproxima de mim, colocando suas mãos em minhas costas.

De repente, uma rajada de vento passa por trás dela forçando-a a me soltar.

Ela se vira, tão surpresa quanto eu. Não a nada ali. Aproveito e coloco uma certa distância entre nós.

- Isso foi...estranho, parecia que alguém estava andando atrás de mim, muito, muito rápido.

- Isso é impossível, eu os veria.

- É, você deve estar certa.

Ela não parece convencida e continua olhando para trás.

- Não foi...um fantasma, foi?

- Como eu disse, se fosse, eu teria os visto.

Depois de dançar, gritar e conversar muito com a Sarah, eu resolvo sentar em um banco.

Não sei o motivo, mas não estou me sentindo confortável com a Sarah.

Me dói não poder falar com ela tanto quanto gostaria em relação ao Peter. Eu vejo que ela não gosta.

Então eu me afastei para ficar sozinha. Eu preciso pensar me tudo.

De repente eu ouço um barulho atrás de mim, uma espécie de grunhinho.

Is it love? PeterWhere stories live. Discover now