Capítulo 48

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Vocês me deixam ansiosas demais e fui obrigada a postar mais cedo.
...

Seu olhar se encontra o meu e sinto um calafrio por todo o meu corpo. Peter está fora de si e ele me olha como se fosse me matar.

Ele se aproxima devagar e fica de pé na minha frente.

Pego em seus braços e tento acalmá-lo.

- Peter! Peter! Sou eu...

Ele respira fundo se segurando em mim como se tivesse acabado de sair de um afogamento.

Eu o afasto e vejo seus olhos verdes novamente.

Percebendo que me assustou, ele me segura por um momento.

- Você não está pronta para ouvir nossa história! Saia daqui!

Eu me viro, em pânico. As vozez, as vozes, de novo não...

- Vamos sair daqui! Rápido, Peter.

Ele acena com a cabeça, pega minha mão e me guia.

Eu sinto uma espécie de força me puxando para a casa.

Peter olha para mim e arregala os olhos.

- Vamos, Laura!

- Eu não consigo!

Peter me olha sem entender e tenta puxar meu braço. Solto um grito quando sinto uma dor. Ele solta meu braço assustado.

Ele me pega no colo e sai em questão de segundos da casa.

Com delicadeza ele me coloca novamente no chão quando chegamos na rua. Começamos a caminhar e nos afastar da casa.

Depois de um tempo, o Peter para e coloca as mãos em meus ombros.

- Que merda aconteceu lá?

Peter raramente se irrita e eu fico calada.

- Me fala!

Ele exige e eu decido contar uma meia verdade para ele.

- Eu me senti atraída pela casa, ela parecia muito com a sua. Quando me aproximei comecei a ouvir ruídos. Então eu entrei e comecei a me sentir estranha, desculpe...

- Você ficou doida?! Eu disse pra você ter cuidado! O que você tem na cabeça de entrar em uma casa assombrada?

- Não foi culpa minha...

Abraço meu próprio corpo. Me sinto estupidamente frágil agora. Ele nunca alterou o tom de voz comigo.

Começo a andar novamente querendo chegar na mansão logo. Ele me chama e ignoro.

- Calma Laura. Olha, me desculpe, é que...eu poderia te morder! Eu estava fora de mim e a última coisa que eu quero é te machucar.

Aceno com a cabeça.

- Vem, senta nesse banco comigo, eu vou esquentar você.

Como ele já está sentado e com a mão estendida para mim, eu sento ao seu lado.

- Relaxa, por favor.

Depois de esfregar as mãos juntos, ele coloca meu cabelo para o lado e começa a massagear meu pescoço.

Eu aprecio seu gesto. Mesmo que suas mãos se esfriam rapidamente, ele está se esforçando para me ver bem.

Seus polegares insistem na base do meu pescoço e tentam aliviar a tensão.

- Você não está relaxando, quero que você se aqueça.

Claro que não estou relaxada! Toda vez que fico perto do Peter eu fico nervosa.

- Eu não entendo o que aconteceu naquela casa...

Ele diz depois de alguns minutos de silêncio.

- Você viu alguma coisa?

Eu sei que essa pergunta é perigosa, ele pode perguntar se eu vi.

- Eu não vi nada, mas senti algo... era realmente estranho, era como se uma corrente gelada estivesse passando por mim e eu não consegui controlar nada.

- Seus olhos...você...

Não termino de falar quando sinto ele tenso. Olho para ele e vejo tristeza em seus olhos.

- Isso acontece quando eu sinto emoções fortes demais ou quando eu estou com raiva, características dos vampiros.

Eu não falo nada.

- Mas não se preocupe, eu geralmente consigo me controlar.

- Eu confio em você.

Ele suspira. Com certeza está muito confuso e tentando controlar suas emoções.

Percebo que estou tremendo e exausta.

- Vamos para casa, você não parece bem.

Aceno com a cabeça e ele espera eu levantar.

- Consegue ir andando?

- Sim.

Voltamos para a mansão. Eu espero que ele não conte para o Nicolae.

...

Acordo cedo e levanto. Paro imediatamente de anda quando sinto meu corpo ainda dolorido.

Resolvo ir mais cedo para a universidade. Estamos preparando as coisas para o festival e Sarah precisa muito de mim. E se eu contar das minhas dores para um dos irmãos, além de não me deixarem sair de casa, vão ficar fazendo perguntas.

Desço as escadas procurando meu celular dentro da mochila e trombo em um torso grande, musculoso e gelado.

Drogo!

Ele está em pé na entrada. Assustado ele veste sua blusa da faculdade.

- Coitadinha, para onde você está indo desse jeito?

- Para a faculdade...?

- A essa hora?

- Sim.

- Você não está bem... Eu sinto isso.

- Sente nada. Só quero ir mais cedo para a faculdade.

- Nicolae sabe que você está doente?- olho incrédula para ele.- Você está estranha, está nítido.

Eu preciso ir embora logo. Daqui a pouco o Peter vai descer e Drogo com certeza vai contar para ele. O que eu menos preciso é ficar em casa e ficar remoendo os acontecimentos de ontem.

- Drogo...você nem entende dessas coisas, vampiros nem ficam doentes, certo?

Tento passar por ele mas ele bloqueia meu caminho.

Ai que merda!

Eu tenho que arrumar alguma desculpa.

- Bom, eu não queria falar sobre isso, mas como você não me deixa passar... Eu estou mestruada. Está feliz agora?

O Drogo parece assustado e surpreso, como se eu tivesse acabado de falar uma coisa aterrorizante.

Sem dizer mais nada, ele some do hall de entrada em questão de segundos.

Homens...

No meio do caminho, começou a chover. Cheguei completamente encharcada na universidade.

Agora de fato estou doente!

Is it love? PeterWo Geschichten leben. Entdecke jetzt