Capítulo 45

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Eu sei que o show era de rock, mas escutei (não sei pq) esse cover maravilhoso quando eu estava escrevendo esse cap e decidi colocar aqui.
...

Chegamos no show e é muita gente, fico com medo de me perder.

De repente, sinto a pele fria em contato com a minha. Peter entrelaça nossos dedos carinhosamente.

Olho para ele surpresa.

- Só não quero te perder...

Sorrio para ele e olho em volta. Vejo muitos olhares femininos lançados para nós e muitos deles de inveja.

Eu aperto a mão de Peter sobre a minha e o puxo para frente. Quero ver tudo de perto.

As luzes vão se apagando e a música começa a sair pelos alto-falantes.

Uma onda de emoção invade as pessoas e todos começam a gritar animados.

Alguém me empurra para frente e eu me encontro contra Peter.

O Peter me agarra pela cintura e me aperta contra ele.

Ele inclina a cabeça em minha direção e seus lábios roçando minha pele, enviando arrepios por todo meu corpo.

- Você está bem?

- Sim, fiquei surpresa, só isso.

Ele afasta o rosto e me olha, seus olhos fixos nos meus, como se tivesse procurando algo.

Ele sorri gentilmente para mim e da um beijo demorado na testa. Aproveito o momento e deito minha cabeça em seu peito, curtindo ele e o show.

Eu tento ver o palco, mas ele me segura tão fortemente ao seu corpo que é impossível. Fico apenas ouvindo a música que parece estalar por todos os cantos.

Ele se afasta e me vira para eu ver o show depois de um tempo.

A música muda e fica ainda mais alta, chega a doer os ouvidos. As pessoas começam a pular em nossa volta.

Eu sorrio para o Peter entusiasmada com a atmosférica. Ele sorri também e parece se divertir.

Ele olha para os músicos com interesse. Ele não chega a pular mas mexe a cabeça conforme a música toca.

Vou de um lado para o outro acompanhando as outras pessoas. As vezes dou uns pulinhos e vejo Peter sorrir.

Passo meus olhos pela multidão e vejo Dorothy. Ela está poucos metros da gente e pula com energia.

Só essa que me faltava. Eu a ignoro e me afasto um pouco de perto dela. Mas depois de um tempo sinto uma mão em meu ombro e me assusto ao ver ela.

- Oi Laura, Peter, que coincidência!

- Péssima por sinal.

Falo mas pela música alta, ela não escuta.

Dorothy se enfia entre mim e o Peter. Eu mantenho toda a calma do mundo e dou um pequeno empurrão dela, voltando para o lado do Peter.

Ela olha para mim com raiva, mas seus olhos suavizam quando ela olha para Peter. Com muita intimidade, ela se inclina e sussurra alguma coisa para Peter, que se inclina para o lado dela também.

Reviro meus olhos e cruzo os braços.

Eu me viro para o palco e foco no que está acontecendo lá. Pelo menos posso aproveitar o show, ou pelo menos tentar.

Adorei a banda, nunca curti rock, mas a energia que eles nos passa é incrível e eu não paro de sorrir.

Por um momento, esqueço de tudo em minha volta e começo a dançar como os outros.

Me viro rapidamente e vejo Peter me observando, enquanto a Dorothy fala animadamente com ele, que nem parece escutar.

Não posso deixar de sorri para ele sem parar de me mexer. Eu gostaria que ele se soltasse para curtir comigo.

Eu não tenho mais controle do meu corpo e nem percebo quando eu piso poça. Escorrego e quase caio.

O Peter corre até mim e me pega. Nossos olhos se cruzam e eu fico sem ar.

Eu o abraço enquanto ele me ajuda a ficar de pé novamente. Por um momento, ele me segura mais forte ainda antes de se afastar completamente.

As luzes brilhantes se apagam e o público grita e aplaude o grupo. Eu me encontro totalmente suada e ofegante.

Eu me viro para o Peter.

- Você gostou?

- Eu adorei!

Fico feliz por ele ter gostado e sorrio como uma boba.

- Eu não sabia que você gostava desse tipo de música, Peter, caso contrário, eu mesma teria te convidado!

Essa menina ainda está aqui?

- Eu não gostava, até essa noite, eu realmente me diverti.

Me sinto orgulhosa. No começo eu estava com medo do Peter ficar desconfortável, mas deu tudo certo.

- O que você acha da gente ir tomar um drink? O show me deixou com muita sede!

Eu levanto uma sombrancelha sem acreditar. Ou ela é uma sonsa ou ela tá tentando me provocar.

O Peter parece agora muito desconfortável.

- Dorothy...eu vim com a Laura, então...

- Hm, não seja por isso. Você pode ir Laura.

- Eu não acho uma boa ideia. Estou cansada e...

- Você não vai recusar. A qual é, não seja uma estraga prazeres.

Ata, agora eu sou a estraga prazeres aqui?

- Vamos então.

A Dorothy nos leva a um bar perto do local onde o show aconteceu.

Se eu soubesse que a noite acabaria assim...

Nos sentamos no canto. A Dorothy, é claro, fica ao lado do Peter.

- Peter, na semana que vem, vai ter uma apresentação de música clássica, voce quer ir comigo?

Ela é realmente inacreditável.

Peter olha fixamente para mim, o que parece incomodar a Dorothy.

- Não tenho certeza, Dorothy...

- Tenho certeza de que vou fazer você mudar de idéia!

Por um minuto, o silêncio paira e com isso um certo desconforto.

Resolvo fazer perguntas a Dorothy.

- Então, Dorothy, há quanto tempo você toca piano?

- Eu toco desde pequena, é tradição de família. Meu bisavô foi um pianista virtuoso, e ele era bem conhecido na Romênia.

Eu tenho que mudar de assunto. Daqui a pouco os dois vão se empolgar no assunto e eu vou ficar invisível.

- E você não tempo saudades de casa? Quero dizer, a Romênia deve ser muito diferente daqui!

- Claro. Eu vivia em um castelo, e meu apartamento aqui não é nada comparado...

Is it love? PeterWhere stories live. Discover now